Ex-goleiro foi encaminhado para o 5º DP de
Santos.
Advogado já pediu liberação do filho de Pelé
Ex-goleiro do Santos, filho de Pelé é preso em Praia
Grande, SP
O ex-goleiro do Santos Futebol Clube e
filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, foi transferido, no início
da tarde desta quarta-feira (19) para o 5º Distrito Policial (DP) de Santos, no
litoral de São Paulo. Ele foi detido na tarde desta terça-feira (18) e passou a
noite na Delegacia Sede de Praia
Grande, também na Baixada Santista.
De acordo com o advogado Eugênio
Malavasi, responsável pela defesa de Edinho, o ex-goleiro deve ser liberado
ainda nesta quarta-feira (19). Malavasi entrou com um pedido de habeas corpus
na noite de terça-feira e, agora, o advogado tenta agilizar o processo de
liberação para que o ex-goleiro seja liberado antes do feriado da Consciência
Negra.
De acordo com informações da Polícia
Civil, Edinho deve permanecer no 5º DP. O filho de Pelé pode ser transferido
para o CDP São Vicente ainda nesta quarta-feira (19), mas a ida do ex-goleiro é
avaliada como pouco provável pelos policiais.
Advogado
A prisão do ex-goleiro do Santos Futebol Clube e filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, gerou críticas do advogado Eugênio Malavasi em relação à decisão da Justiça de Praia Grande, no litoral de São Paulo.
A prisão do ex-goleiro do Santos Futebol Clube e filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, gerou críticas do advogado Eugênio Malavasi em relação à decisão da Justiça de Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Para Malavasi, a justificativa de que
o prazo de apelação do julgamento de Edinho havia expirado não corresponde à
realidade. “Eu recebi a notícia de maneira inusitada. Estava em uma audiência
na capital paulista, quando fui avisado por mensagem. O comparecimento mensal
do meu cliente havia sido pedido e ele foi cumprir a ordem no Tribunal de
Justiça. Ele assinou o documento e estava saindo, quando a Polícia Militar
apareceu e o deteve. No entender da meretíssima, o caso transitou em julgado,
ou seja, não cabe mais recurso, porque o advogado anterior perdeu o prazo. Esse
é o fundamento da prisão”, explica.
Advogado Eugênio Malavasi ficou surpreso com a
prisão de Edinho (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
prisão de Edinho (Foto: Reprodução/TV Tribuna)
No entanto, o advogado rebate esse
argumento e alega que isso não ocorreu. “Eu não entendo dessa forma. O recurso
interposto por este advogado é tempestivo, ou seja, aconteceu dentro do prazo.
Quando foi publicada a decisão contra o Edinho, a juíza o intimou, via oficial
de Justiça. Nesse hiato, o advogado que me antecedeu interpôs o recurso, ou
seja, é tempestivo, o recurso está dentro do prazo”, comenta.
Além disso, Malavasi ressalta que o mérito da prisão anterior do filho de Pelé será julgado no dia 28 de novembro. “A questão seria julgada nesta quinta-feira (20), mas como há o feriado, será no dia 28. Só que, nesse período, o Edinho estava cumprindo tudo, tanto que foi ao Fórum de Praia Grande para assinar o documento. Não havia uma decisão sobre a prisão dele no cartório, o mandado não constava nos autos. Tanto isso é verdade que ele só foi detido pelos policiais quando já estava na calçada. Estou totalmente surpreso com essa decisão, pois jamais vislumbrei o trânsito julgado. A decisão é estarrecedora”, afirma.
Além disso, Malavasi ressalta que o mérito da prisão anterior do filho de Pelé será julgado no dia 28 de novembro. “A questão seria julgada nesta quinta-feira (20), mas como há o feriado, será no dia 28. Só que, nesse período, o Edinho estava cumprindo tudo, tanto que foi ao Fórum de Praia Grande para assinar o documento. Não havia uma decisão sobre a prisão dele no cartório, o mandado não constava nos autos. Tanto isso é verdade que ele só foi detido pelos policiais quando já estava na calçada. Estou totalmente surpreso com essa decisão, pois jamais vislumbrei o trânsito julgado. A decisão é estarrecedora”, afirma.
Edinho foi condenado em maio deste ano
a uma pena de 33 anos e quatro meses de prisão, por lavagem de dinheiro
proveniente do tráfico de drogas. O advogado espera conseguir evitar o
encaminhamento do ex-goleiro para um presídio. O filho de Pelé passou a noite
isolado na cadeia anexa à Delegacia Sede de Praia Grande. No entanto, ele pode
ser transferido antes mesmo de que a decisão sobre o recurso seja conhecida.
Aloízio Pires de Araújo, titular da Delegacia Sede
de Praia Grande, SP (Foto: Rodrigo Martins/G1)
de Praia Grande, SP (Foto: Rodrigo Martins/G1)
Prisão
O ex-goleiro foi condenado no dia 30 de maio pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. Ele respondia em liberdade, mas não podia deixar o País, já que a prisão definitiva poderia ser decretada a qualquer momento. Por isso a necessidade de comparecer todo mês ao Fórum.
O ex-goleiro foi condenado no dia 30 de maio pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. Ele respondia em liberdade, mas não podia deixar o País, já que a prisão definitiva poderia ser decretada a qualquer momento. Por isso a necessidade de comparecer todo mês ao Fórum.
Assim que chegou ao local nesta
terça-feira, acompanhado de um de seus advogados, ele foi preso devido a uma
ordem de captura definitiva ter sido expedida pela Justiça. Edinho foi
transferido para a Delegacia Sede do município, onde deverá ficar preso até ser
encaminhado para um presídio ou até uma decisão da Justiça.
O delegado Aloízio Pires de Araújo,
titular da Delegacia Sede de Praia Grande, conta como Edinho ficou ao receber a
notícia e revela que ele pode ser transferido nesta quarta-feira. “O Edinho não
teve nenhuma atitude extrema, mas é claro que a pessoa fica abalada com uma
notícia dessas. Sobre a transferência, em razão da hora em que ele foi detido,
a cadeia não poderia mais recebê-lo. Enquanto isso, ele vai ficar na cela da
delegacia, esperando que seja decidido para qual sistema prisional será
encaminhado. Isso deve ocorrer nesta quarta ou, no máximo, na quinta-feira
(20)”, diz.
Condenação
No dia 30 de maio, o ex-goleiro foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Com a possibilidade da prisão, uma vez que a Justiça não permite que ele deixe o País, Edinho, que respondia ao processo em liberdade, precisava entregar seu passaporte no cartório do 1° Ofício Criminal da cidade. A medida pretendia evitar que ele deixasse o Brasil antes da decisão final da Justiça.
No dia 30 de maio, o ex-goleiro foi condenado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas após decisão da juíza Suzana Pereira da Silva, auxiliar da 1ª Vara Criminal de Praia Grande. Com a possibilidade da prisão, uma vez que a Justiça não permite que ele deixe o País, Edinho, que respondia ao processo em liberdade, precisava entregar seu passaporte no cartório do 1° Ofício Criminal da cidade. A medida pretendia evitar que ele deixasse o Brasil antes da decisão final da Justiça.
Edinho foi preso no dia 7 de julho por
não ter apresentado seu passaporte à Justiça, uma das exigências para
permanecer em liberdade. Eugênio Malavasi, advogado de Edinho, conseguiu um
habeas corpus para liberar seu cliente, concedido pelo desembargador Lauro Mens
de Mello. No entanto, segundo decisão do desembargador, o filho de Pelé teria
que ser monitorado 24 horas por uma tornozeleira eletrônica, equipamento ao
qual a Polícia Civil não tem acesso, o que impossibilitou a libertação imediata
de Edinho.
Ex-goleiro do Santos foi condenado a 33 anos de
prisão (Foto: Divulgação/Santos Futebol Clube)
prisão (Foto: Divulgação/Santos Futebol Clube)
O advogado do ex-goleiro, Eugênio
Malavasi, foi a São Paulo e conseguiu reverter a situação obtendo um novo
alvará de soltura, expedido pelo desembargador José Antonio de Paula Santos
Neto, que não exigia a tornozeleira.
No alvará de soltura, constavam ainda
algumas exigências. Edinho teria que se apresentar à Justiça uma vez por mês e
caso ele mudasse de endereço ou saísse da cidade por mais de oito dias também
teria que avisar formalmente.
O caso
Edinho foi preso com outras 17 pessoas pela Operação Indra em junho de 2005, realizada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho na Baixada Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Edinho foi preso com outras 17 pessoas pela Operação Indra em junho de 2005, realizada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), acusado de ligação com uma organização de tráfico de drogas comandada por Naldinho na Baixada Santista. Após seis meses em prisão provisória, foi solto com liminar em habeas corpus concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em janeiro de 2006, teve a prisão
decretada com o aditamento da denúncia, que passou a incluir o crime de lavagem
de dinheiro. Mas obteve o direito de permanecer em liberdade graças a decisão
do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
saiba mais
- Ex-goleiro Edinho é preso no Fórum de Praia Grande, no litoral de SP
- Edinho é solto após ficar mais de uma semana preso em Santos
- Pedido de liberdade não é julgado e filho de Pelé segue preso em Santos
- Após ir para Centro de Detenção Provisória, Edinho volta à delegacia
- Advogado tenta, mas não consegue liberação de ex-goleiro do Santos
- Irmã critica a prisão de Edinho: 'só foi preso porque é o filho do Pelé'
- Polícia diz que Edinho foi preso por não ter apresentado passaporte
- Ex-goleiro do Santos, Edinho é preso por lavagem de dinheiro
- Leia mais notícias da Baixada Santista e do Vale do Ribeira no G1
veja
também
Funcionários da Anvisa são presos durante operação da
Polícia Federal