Agricultores
bloqueiam acesso à UHE desde às 3h desta segunda-feira (18).
De acordo com a PRF, cerca de 650 pessoas participam do protesto.
De acordo com a PRF, cerca de 650 pessoas participam do protesto.
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Manifestantes iniciaram bloqueio na madrugada. (Foto: Divulgação/CCBM)
Cerca de 650 agricultores e militantes ligados a
movimentos rurais bloqueiam desde as 3h desta segunda-feira (18) a BR-230,
conhecida como Transamazônica, nos acessos aos canteiros de obras da Usina
Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu, no sudeste do Pará. O protesto
faz parte do movimento nacional "Grito da Terra Brasil", organizado
por entidades do país inteiro. A Norte Energia, empresa responsável pela
implantação da usina, disse que a pauta não está vinculada ao empreendimento e
o protesto é para chamar a atenção das autoridades. A empresa informou ainda
que não se envolverá em negociações que estão fora do seu trabalho. Até
as 17h30, o trecho ainda seguia bloqueado.
Tendas foram armadas e os agricultores estão
distribuídos no km 27, bloqueando o acesso ao Sítio Canais e Diques e Pimental;
km 40 que leva ao Sítio Belo Monte; e km 55 por onde se chega também ao Sítio
Pimental e à vila residencial, onde moram 7.200 pessoas. De acordo com o
Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pela construção civil da
usina, as obras estão parcialmente paradas e apenas os operários que moram nos
alojamentos do interior dos canteiros estão trabalhando. Os cerca de 6 mil
trabalhadores que moram em Altamira e outros 600 que moram na vila residencial
foram dispensados, já que não têm como sair do local.
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O protesto é realizado por integrantes da Federação
dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e da Fundação Viver, Produzir e
Preservar. De acordo com João Batista, um dos líderes do movimento, os
agricultores têm uma extensa pauta de reivindicações para municípios da região
da Transamazônica, que passam por reforma agrária, transportes, educação e
segurança pública. Eles também protestam contra os cortes no orçamento
promovidos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
"Somos um movimento regional, que envolve 12
municípios, e queremos que o governo trate a Transamazônica como priorideade.
Entre os principais pontos, pedimos a liberação da licença indígena dos trechos
de Medicilândia até Uruará, e de Novo Repartimento até Itupiranga, para a
continuação das obras. Se isso não ocorrer, vamos perder a produção de um verão
inteiro, sem ter como escoar. Estamos preparados, com alimentação e só vamos
sair depois de alguma negociação. Ficaremos o tempo que for necessário",
disse João Batista.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF),
na tarde do domingo (17) o grupo já havia bloqueado a entrada do km 27, da
BR-230, impedindo o acesso ao Sítio Pimental.
Dominik GiustiDo G1 PA
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