O dólar opera
em queda nesta segunda-feira (16), depois de atingir, na sexta, a maior cotação
em quase 12 anos, em meio a incertezas sobre o futuro das intervenções do Banco
Central no câmbio e a situação política e econômica do Brasil.
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Por volta das
16h12, a moeda era vendida a R$ 3,2296, em baixa de 0,6%. Veja cotação
Nesta segunda,
os INVESTIDORES também
digeriam os protestos no domingo contra o governo da presidente Dilma Rousseff
e a corrupção.
Segundo
operadores, INVESTIDORES se
anteciparam às manifestações e correram para buscar proteção na sexta-feira,
desmontando essas posições nesta manhã. Os gigantescos protestos de domingo
ocupavam o centro das atenções, mas analistas não sabiam como avaliar o impacto
para a situação política e econômica do Brasil, destaca a Reuters.
Analistas do
Eurasia Group defenderam que os protestos têm impacto "neutro" para
as trajetórias de curto e longo prazo do Brasil, mas ressaltaram que os
próximos meses devem ser palco de mais manifestações. "As maiores
dificuldades do governo no curto prazo podem vir de trabalhadores que exigem
benefícios específicos ou salários maiores", afirmaram, em relatório.
No cenário
externo, INVESTIDORES em
todo o mundo focam-se na política monetária do Fed (Federal eserve, banco
central dos EUA), que divulga seu comunicado na quarta-feira. Espera-se que o
banco central dos EUA descarte a promessa de ser "paciente" para
elevar os juros, indicando que o aperto monetário pode ter início em breve.
Atuação do BC
No front doméstico, cresce a ansiedade para saber se o programa de intervenções diárias do BC brasileiro no câmbio será estendido além deste mês, em meio à intensa volatilidade recente.
No front doméstico, cresce a ansiedade para saber se o programa de intervenções diárias do BC brasileiro no câmbio será estendido além deste mês, em meio à intensa volatilidade recente.
"Tínhamos
dois vendedores importantes de dólares no Brasil: os estrangeiros e o BC.
Agora, parece que não vamos ter mais nenhum dos dois", disse o
especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.
Nesta manhã, o
BC deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 2 mil
swaps cambiais, que equivalem a uma posição vendida de US$ 97,1 milhões. Foram
vendidos 550 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.450 para 1º de março de
2016.
A autoridade
monetária também vendeu a oferta integral no leilão de rolagem dos swaps que
vencem em 1º de abril. Atéagora, foram rolados cerca de 39% do lote total, que
corresponde a US$ 9,964 bilhões.
Na sexta-feira,
o dólar fechou em alta de 2,77%, vendido a R$ 3,249. Foi o maior valor de
fechamento desde 2003, quando, no dia 4 de abril, a moeda fechou a R$ 3,2469,
segundo dados do Banco Central.