Em um ano, o número de pessoas infectadas pelo vírus da Aids aumentou em Santarém, oeste do Pará. Em 2013, havia 99 casos
confirmados, enquanto neste ano, já foram constatadas 128 pessoas infectadas,
de acordo com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). Em 2012, esse número
era apenas metade do atual, com apenas 68 casos.Dos casos confirmados em
Santarém nos últimos dois anos, 201 são homens, e 95 são mulheres. De acordo
com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, 38% dos brasileiros
afirmaram que não usam preservativos durante as relações sexuais.Há
dez anos, um homem de 32 anos, que não quis ter a identidade revelada, foi
diagnosticado com a doença. Ele conta que passou por momentos difíceis, mas
nunca desistiu de viver. Durante todo esse tempo ele faz tratamento e conta com
o apoio da família e amigos. Segundo ele, esse foi um dos pontos fundamentais
para enfrentar a realidade. Com toda a experiência de vida, ela alerta outras
pessoas a se proteger contra o vírus. “Que se cuidem mais, não pensando só em
si, porque muita gente tem o vírus HIV e não sabe e, por falta do costume de
usar preservativo, contaminam as outras pessoas”, disse.
Nesta
segunda-feira (1º), é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids e, em todo o Brasil,
são feitas campanhas para combater a doença, devido o número de casos ter
crescido em todo o país. Para prevenir a infecção pelo HIV, o uso do
preservativo é muito importante.
Em
Santarém, de acordo com o CTA, a faixa etária que mais contrai a Aids envolve
homens entre 30 e 40 anos. “Isso é um dado preocupante porque a gente tem
percebido que apareceram casos de pessoas de 45 anos a mais, que antes era bem
mais raro aparecer. Se você for ver, as pesquisas mostram que a maioria deles
não usa preservativos”, explicou a coordenadora do CTA, Ana Lúcia Ferreira.
Lei
da discriminação
Começou
a vigorar no dia 2 de junho, em todo o país, a lei que torna crime a
discriminação a pessoas portadoras do vírus HIV. A lei prevê a punição de um a
quatro anos de prisão para quem praticar algum ato que gere constrangimento ou
desrespeite pacientes, seja em locais públicos, escolas ou no ambiente de
trabalho.
São
consideradas condutas discriminatórias: exonerar ou demitir de seu cargo ou
emprego; impedir que permaneça como aluno em creche ou estabelecimento de
ensino público ou privado; recusar ou retardar atendimento de saúde.
Fonte R O