Vírus da família da dengue foi registrado pela primeira vez no país em
abril.
Chikungunya foi identificado em seis estados, além do Distrito Federal.
Aedes aegypti transmite dengue,
chikungunya e zika vírus (Foto: CDC-GATHANY/PHANIE/AFP)
Video
Transmitido
pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegyti, o zika
pertence à família dos vírus da dengue e da febre amarela. Os principais
sintomas da doença são febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor
muscular. Apesar das semelhanças, o zika vírus é muito menos agressivo que o
vírus da dengue: não há registro de mortes relacionadas à doença. A evolução é
benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3
até 7 dias.
Segundo o Ministério da Saúde, como o zika não é uma
doença de notificação compulsória, não existe uma estimativa do número total de
casos já confirmados no país. Ocorrências já foram registradas em Roraima,
Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Paraná.
Paciente com zika vírus se queixa de
dores e manchas vermelhas no corpo (Foto: Reprodução / TV Globo)
Chikungunya:
14,3 mil notificações
No seminário “Chikungunya, zika e dengue: desafios para o controle e a atenção
à saúde”, da Fiocruz, o Ministério da Saúde também falou sobre a situação da
chikungunya no Brasil. Até o início de outubro, houve casos de transmissão em
44 municípios de seis estados – Amazonas, Amapá, Pernambuco, Sergipe, Bahia e
Mato Grosso do Sul – além do Distrito Federal. Ao todo, foram 14.373 casos
suspeitos de chikungunya notificados em todo o país.
Em compensação,
comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos,
quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até
contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo
com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dengue: recorde
com 1,4 milhões de notificações
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da
Saúde, até o início de outubro, tinham sido registrados 1.485.397 casos
prováveis de dengue no país em 2015.
Bem antes do
fim do ano, este número já bateu o recorde registrado em 2013, quando o país
teve 1.452.489 ocorrências da doença no ano todo. O número de mortes por dengue
também já é o maior já registrado desde que a doença começou a ser monitorada
em detalhes, em 1990: foram 761 óbitos até o início de outubro. O recorde
anterior, registrado em 2013, era de 674 mortes. Este ano, a região com maior
número de casos de dengue grave foi o Sudeste.
Do G1, em São Paulo
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