Um
detento fugiu ao desembarcar no Aeroporto Maestro Wilson Fonseca, em Santarém,
oeste do Pará, nesta quinta-feira (10).
De acordo
com a Superintendência de Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), no caminho
entre aeronave e a sala de desembarque, o preso, que estava algemado, correu em
direção a uma área de mata. O policial militar e o agente prisional que o
acompanhavam chegaram a fazer disparos de advertência. O interno é custodiado
no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará II, na Região Metropolitana de
Belém, e estava sendo conduzido para uma audiência em Santarém.
O diretor
do presídio estadual metropolitano, major Jorge Melo, um dos policiais que
acompanhavam o detento durante a transferência, disse que a principal causa da
fuga é devido a viatura policial não ter acesso à àrea da pista do aeroporto.
"Comigo isso aconteceu pela primeira vez. No aeroporto de Belém, a viatura
entra na pista e lá colocamos ele [detento] para dentro. A principal
causa disso, é que aqui e em alguns interiores isso não acontece , precisa
fazer um deslocamento longo até a viatura", disse Melo.
Um dos
passageiros que estava na mesma aeronave do interno, advogado Miguel Karton,
contou que o voo saiu de Belém às 6h e chegou a Santarém às 7h40. Segundo
Karton, a viagem foi tranquila, mas quando os passageiros que desceram em Santarém
estavam a cerca de 30 metros da sala de desembarque, foram ouvidos três
disparos. “Nós ouvimos os tiros e olhamos para trás e vimos o agente e os
funcionários do aeroporto correndo atrás do preso que estava com algemas só nas
mãos, em direção à mata. Na hora, muitas mulheres e um idoso ficaram nervosos
com a situação, mas já estavam fora do avião”, relata.
O
advogado contou, ainda, que os passageiros que iam seguir voo para Altamira na
mesma aeronave, ficaram impedidos de embarcar. “Eles colocaram um aviso nos
telões de que o aeroporto de Altamira estava impossibilitado para pouso, mas
sabemos que não quiseram dizer o que realmente tinha ocorrido”, disse Karton.
A Polícia
Militar de Santarém foi acionada e as buscas pelo preso continuam. Em nota, a
Susipe informou que o deslocamento de internos para a participação de
audiências é feito diariamente pela direção das unidades prisionais do Estado e
é um direito garantido previsto na Lei de Execuções Penais. Durante o
transporte, os detentos são acompanhados por policiais militares e agentes
prisionais. A Susipe garante que vai apurar o caso. A Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), explicou que a viatura da Susipe
estava estacionada no local indicado, a 50 metros da aeronave, conforme
determina o Plano Nacional de Segurança da Aviação Civil para os procedimentos
realizados para embarque e desembarque de passageiro sob custodia. Fonte: http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/index.html
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