A informação foi dada pela
presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Itaituba,
advogada Cristina Bueno. “A presidente da OAB disse que estão sendo ouvidas as
testemunhas de acusação e, na seqüência, de defesa. Posteriormente o próprio
acusado também será ouvido. “Por sinal, já temos aqui em Itaituba a presença do
pai e da irmã da Leda, que também vão participar depondo na 1ª audiência”,
ressaltou Dra. Cristina Portinho Bueno.
ENTENDA O CASO: A advogada Leda
Marta, de 44; sua funcionária Hellen Taynara, de 22; e a pequena Hannah Stela
foram assassinadas com requinte de perversidade no interior da loja Belíssima
Moda Íntima, que pertencia à advogada. O crime ocorreu em 22 de fevereiro deste
ano. Dra. Cristina Bueno e uma comissão de advogados com apoio da OAB/PA
acompanharam todo o caso cobrando investigações com resultados, denunciando na
imprensa.
Com a repercussão do triplo
assassinato, Altair dos Santos, também advogado e ex-marido de Leda Marta, passou
a ser o principal suspeito como mandante da chacina. Com frieza extrema durante
o período em que foi preso e mesmo diante da imprensa o acusado fez mistério
negando seu envolvimento no caso. Mas os fortes índicos encontrados na
investigação mantiveram Altair dos Santos na cadeia.
Se viva estivesse, Hanna Stela na
segunda-feira, dia 21 de julho, teria completado 10 anos de vida. Na
terça-feira, dia 22, a data fatídica e traumatizante para os amigos e parentes
de Leda e demais vítimas completou cinco meses. Quanto ao julgamento, foi
proposta uma ação de manifesto com faixa e cartazes contra o acusado de ter
sido o mandante do crime, mas a idéia foi rechaçada predominando o bom senso de
que a justiça deverá fazer seu papel julgando e fazendo justiça. Com isso,
estava previsto para que não houvesse manifestações na quinta-feira, dia 24.
Leda Marta Lucyk dos Santos se
firmava na carreira de advogada e já ocupava o cargo de procuradora do
Município, mas não teve chance de viver a vida como deveria. A colaboradora de
Leda, Hellen Taynara de Siqueira, estava iniciando no mercado. Estudiosa e
dedicada ao trabalho, Taynara também teve a vida arrancada de forma violenta. O
maior choque foi por conta da morte da pequena Hannah Stela, apenas uma criança
que estava no local errado quando a monstruosidade de um homem, viciado em
drogas e com a mente deturpada, que não via nada adiante, a não ser o desejo
insano de matar. Altair dos Santos, também advogado, pai de Hannah e ex-marido
de Leda Marta, foi apontado como o mandante e preso em sequência.
TESTEMUNHAS ESTÃO SENDO OUVIDAS: Vinte e três testemunhas de acusação do triplo
homicídio estão sendo ouvidas desde quinta-feira (24). De acordo com as
investigações foi o ciúme que provocou a morte de leda marta. Para a Polícia o
ex-marido Altair do Santos não aceitava a separação e resolveu se vingar
encomendando a morte da ex-mulher. O depoimento é recheado de testemunhos de
pessoas que presenciaram ou ouviram falara das ameaças que Leda recebia, e
também pessoas que testemunharam agressões mútuas do casal. A Polícia também
chegou à conclusão que a pequena Hanna, filha do casal, não deveria ter
morrido. A empregada Taynara Cristina também não estava nos planos do
assassino. Dejacir resolveu matar as duas para não deixar testemunhas.
FORTE APARATO DE SEGURANÇA: A Justiça organizou um forte aparato de segurança
para a primeira audiência de instrução do advogado Altair dos Santos. Cerca de
21 Homens do Grupo Tático Operacional da Polícia Militar (GTO-PM) foram
convocados para garantir a segurança na área do Fórum. A exemplo do que
aconteceu por ocasião da audiência sobre o caso do assassinato do índio Lelo
Akai, quando a Justiça enfrentou dificuldades com as manifestações de protesto
em frente ao Fórum, o diretor do Judiciário em Itaituba, juiz Claytoney Passos,
decidiu agir de forma preventiva e determinou a criação de um aparato de
segurança, envolvendo órgãos de trânsito e homens do Grupamento Tático da
Polícia Militar. As ruas e travessas no entorno do Fórum foram interditadas e o
acesso ao ambiente da audiência foi limitada ao juiz criminal, aos advogados,
Promotoria de Justiça, ao próprio acusado e às testemunhas de defesa e
acusação. O juiz Claytoney passos não permitiu o acesso à imprensa, já que o
caso tramita em segredo de Justiça. Os jornalistas estão restritos à área
externa do Fórum e poderão fazer imagens através dos vidros das portas, que
ficarão guarnecidas pela força policial. Os depoimentos das testemunhas que
começaram ontem, devem terminar somente nesta sexta-feira.
Fonte: O
impacto via Nazareno Santos
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