Dunga, na
derrota do Brasil para a Holanda, nas quartas de final da Copa de 2010
A
Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve anunciar nesta terça-feira o
retorno de Dunga ao comando da seleção brasileira, dando ao técnico da Copa do
Mundo de 2010 sua segunda chance de ir ao Mundial. No passado, outros
treinadores tiveram o mesmo "privilégio", mas não tiveram sorte.
Na história
centenária da seleção brasileira, foram cinco os técnicos que sentaram no banco
em duas Copas diferentes: Vicente Feola, Zagallo, Carlos Alberto Parreira, Luiz
Felipe Scolari e Telê Santana. Em comum, todos pioraram o desempenho da
"estreia", com resultados piores na segunda passagem.
O
primeiro comandante a voltar para a seleção depois de já ter disputado um
Mundial foi Feola, técnico campeão em 1958. Oito anos mais tarde, porém, foi
responsável por uma das piores campanhas da equipe na Copa de 66, caindo ainda
na primeira fase, terminando na 11ª posição (entre 16 times).
O próximo
a ter uma "segunda chance" foi Zagallo - que ainda teria uma terceira
oportunidade mais tarde. Em 1970, em sua estreia em Copas como técnico, foi
campeão. Seguiu até 74 e caiu na semifinal, acabando em quarto. Em 98, voltaria
a uma Copa e novamente ficou sem o bi, perdendo na decisão.
Nos
números, Telê Santana poderia ser exceção nessa lista, já que em suas duas
Copas (1982 e 1986) o Brasil ficou em quinto. No desempenho, porém, o primeiro
Mundial do técnico não sai da cabeça dos amantes de futebol até hoje, pela
maneira com que o time se apresentou - algo que não se repetiu quatro anos
depois.
Já na
década de 90, Carlos Alberto Parreira foi o técnico do tetracampeonato em 1994
e retornou ao comando da seleção em 2006. Se já com o título seu time não
empolgou, na Alemanha seu desempenho foi bem pior, com uma eliminação nas
quartas de final e muitas críticas pela preparação na Suíça.
Fechando
a lista de "segundas chances" da CBF em Mundiais, a lembrança ainda
fresca na memória: Luiz Felipe Scolari, pentacampeão em 2002, voltou para ser o
técnico da seleção em 2014, na Copa no Brasil, e acabou humilhado pela Alemanha
nas semifinais, com a goleada por 7 a 1.
Se Dunga
seguir a lógica de queda na segunda passagem, a seleção brasileira não deve ir
além das oitavas de final na Copa de 2018. No Mundial de 2010, o gaúcho foi com
o Brasil até as quartas, mas acabou eliminado pela Holanda, que seria
vice-campeã, com derrota por 2 a 1.
Em sua
primeira passagem pela seleção, entre 2006 e 2010, Dunga comandou a seleção em
60 jogos, com 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas, sendo campeão da Copa
América de 2007 e da Copa das Confederações de 2009. Além disso, ficou na
primeira colocação das eliminatórias para o Mundial.
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