A presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, enviou uma carta à presidenta Dilma Rousseff instando o governo brasileiro a se posicionar firmemente contra o massacre dos palestinos, perpetrado por Israel. Em reunião com diversos movimentos sociais e com o embaixador da Palestina, Ibrahim Al-Zeben, Socorro saudou a nota do Itamaraty a respeito da situação na Faixa de Gaza. Leia a íntegra da carta enviada a Dilma.
Exma.
Presidente Dilma Rousseff;
Dirijo-me mui respeitosamente a Vossa Excelência como cidadã brasileira que exerce ativismo pela paz mundial e acompanha com consternação a recente ofensiva lançada pelo Governo de Israel contra a Faixa de Gaza. O número de mortes entre os palestinos é elevado e cresce em ritmo acelerado, vitimando principalmente civis e inúmeras crianças inocentes, com a devastação visível da infraestrutura básica para a sobrevivência e de tantos lares.
Embora o discurso do Governo israelense
busque formas de justificar a agressão contra os palestinos, são flagrantes as violações do Direito Internacional Humanitário, apontadas por diversas organizações de defesa dos direitos humanos e, de forma ainda insuficiente, pela Organização das Nações Unidas.
Saudamos a Declaração de Fortaleza emitida pelos líderes do BRICS, sob a liderança de Vossa Excelência, que contém um posicionamento claro sobre o ocorrido na Palestina. A assimetria de poder e a "punição coletiva" dos palestinos - termo empregado pela ONU - precisa ser esclarecida. Considero necessário que a comunidade internacional condene em peso o massacre sistemático dos palestinos. Não se trata de uma guerra enquanto os palestinos, já submetidos a um bloqueio persistente que empobrece e agrava a sua situação humanitária, são alvos diretos dos bombardeios realizados por ar, terra e mar, e a sua resistência é deslegitimada por Israel enquanto "terrorista".
Apelamos ao Governo do Brasil para que tome medidas diretas neste momento de extrema urgência, assim como temos apelado, enquanto parte de um movimento mundial, massivo e extenso, a todos os governos, no esforço para contribuir com a pressão global sobre as autoridades israelenses que comandam a ofensiva e são responsáveis pelas mortes de tantos civis, de tantas crianças, mães e pais.
Dirijo-me mui respeitosamente a Vossa Excelência como cidadã brasileira que exerce ativismo pela paz mundial e acompanha com consternação a recente ofensiva lançada pelo Governo de Israel contra a Faixa de Gaza. O número de mortes entre os palestinos é elevado e cresce em ritmo acelerado, vitimando principalmente civis e inúmeras crianças inocentes, com a devastação visível da infraestrutura básica para a sobrevivência e de tantos lares.
Embora o discurso do Governo israelense
busque formas de justificar a agressão contra os palestinos, são flagrantes as violações do Direito Internacional Humanitário, apontadas por diversas organizações de defesa dos direitos humanos e, de forma ainda insuficiente, pela Organização das Nações Unidas.
Saudamos a Declaração de Fortaleza emitida pelos líderes do BRICS, sob a liderança de Vossa Excelência, que contém um posicionamento claro sobre o ocorrido na Palestina. A assimetria de poder e a "punição coletiva" dos palestinos - termo empregado pela ONU - precisa ser esclarecida. Considero necessário que a comunidade internacional condene em peso o massacre sistemático dos palestinos. Não se trata de uma guerra enquanto os palestinos, já submetidos a um bloqueio persistente que empobrece e agrava a sua situação humanitária, são alvos diretos dos bombardeios realizados por ar, terra e mar, e a sua resistência é deslegitimada por Israel enquanto "terrorista".
Apelamos ao Governo do Brasil para que tome medidas diretas neste momento de extrema urgência, assim como temos apelado, enquanto parte de um movimento mundial, massivo e extenso, a todos os governos, no esforço para contribuir com a pressão global sobre as autoridades israelenses que comandam a ofensiva e são responsáveis pelas mortes de tantos civis, de tantas crianças, mães e pais.
Sugerimos
ações para demonstrar a nossa oposição à agressão, enquanto nação que defende a
soberania dos povos, o respeito ao direito internacional e à diplomacia, para
condenar de forma prática a agressão já preenchida de flagrantes crimes de
guerra. Entre as medidas, destacamos a suspensão de negociações no âmbito do
Mercosul para o estabelecimento do livre comércio, assim como o rompimento dos
acordos de cooperação militar com Israel. Não podemos permitir que o governo
israelense saia novamente impune de mais uma ofensiva tão virulenta contra os
palestinos; precisamos fazer o que estiver ao nosso alcance para deter
imediatamente esse massacre. As manifestações pelo mundo e inclusive dentro de
Israel elevam a voz de uma grande parcela da população do planeta que rechaça a
contínua impunidade frente à opressão dos palestinos, levada a cabo há tantas
décadas, enquanto o mundo negligencia sua responsabilidade com esse povo
martirizado.
Contando com o firme posicionamento do Governo brasileiro neste momento trágico, renovo meus protestos da mais elevada estima e consideração.
Cordialmente,
Maria do Socorro Gomes Coelho
Presidenta do Conselho Mundial da Paz
São Paulo, 22 de julho de 2014
Contando com o firme posicionamento do Governo brasileiro neste momento trágico, renovo meus protestos da mais elevada estima e consideração.
Cordialmente,
Maria do Socorro Gomes Coelho
Presidenta do Conselho Mundial da Paz
São Paulo, 22 de julho de 2014
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