O
navio graneleiro MV/Stoja que passou por Guiné, um dos países da África que
vive um surto de ebola, não irá atracar em Santarém, oeste do Pará.
A informação foi divulgada pela empresa
exportadora de grãos Cargill neste sábado (18). Em nota, a empresa
informou que a embarcação não chegou a atracar no porto em Guiné, e esclareceu
que houve apenas uma parada no país. De acordo com a Cargill, apesar da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em
Macapá ter fiscalizado a embarcação e atestado a segurança e a
Capitania dos Portos ter liberado a viagem do navio, a decisão foi adotada pela
empresa com a finalidade de tranquilizar a população santarena, que entrou empânico após
compartilhamentos de mensagens em redes sociais e aplicativos de bate-papo que
informavam Santarém como o destino do navio.
Órgãos
traçam estratégias de prevenção: Os Ministérios Públicos Federal e Estadual, em
caráter de urgência, convocaram vários órgãos de segurança e saúde para uma
reunião no fim da tarde deste sábado. O objetivo foi definir estratégias e
fazer recomendações sobre prevenção da doença nos terminais que dão acesso ao
município. Participaram da reunião, Polícia Federal, Divisão de Vigilância em
Saúde, Capitania Fluvial, Companhia Docas do Pará, Vigilância Sanitária,
Hospital Municipal de Santarém, Secretaria Municipal e Estadual de Saúde.
Pânico
nas redes sociais: Mensagens informando que um navio vindo da Guiné, um dos
países da África que vive um surto de ebola, provocou pânico nos santarenos
desde a noite de sexta-feira (17). O aviso, compartilhado nas redes sociais e
aplicativos de bate-papo no celular alertava que a embarcação estaria atracado
na cidade de Macapá (AP) e tinha como destino Santarém. Após a repercussão do
alerta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em Macapá realizou
uma inspeção no navio e constatou que a tripulação não apresentou sintomas de
ebola, mas explicou que seria monitorada pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). Depois de realizada a vistoria, a Capitania dos Portos em Macapá entendeu
que não haveria risco da embarcação seguir viagem e fez a liberação. A
Vigilância Sanitária de Santarém informou que iria enviar uma solicitação para
que o navio ficasse em observação até completar o período de incubação do
vírus, para afastar qualquer risco.
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