O Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), anunciou ontem (23) a prisão de Ezequiel
Antônio Castanha, definido pelo instituto como “o maior grileiro da BR-163”.
Ele foi preso no sábado, 21, em Itaituba. A ação contou com a participação da
Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança. Castanha vinha atuando na
BR-163 invadindo terras da União, promovendo o desmatamento e comercializando
ilegalmente as terras furtadas. Apenas o núcleo familiar do grileiro responde
por quase R$ 47 milhões em multas junto ao Ibama, sem contar com os autos de
infração em nome dos demais membros da quadrilha.
A prisão
preventiva foi decretada pela Justiça Federal de Itaituba por ação movida pelo
Ministério Público do Pará. A prisão de Castanha coroa com êxito a Operação Castanheira,
deflagrada pelo Ibama, Ministério Público Federal, Receita Federal e Polícia
Federal, que desarticulou a maior quadrilha de grileiros que operava na região,
respondendo por 20% de todo o desmatamento da Amazônia.
O Ministério
Público Federal (MPF) pediu à Justiça a condenação a um total de 1.077 anos de
cadeia para integrantes da organização especializada em grilagem de terras e
crimes ambientais em Novo Progresso, no sudoeste do Pará, da qual Ezequiel
Castanha e sua família fazem parte.
O grupo foi pego
em 27 de agosto do ano passado pela operação Castanheira. Parte da quadrilha
está em prisão preventiva, parte já conseguiu relaxamento da prisão e outros
estão foragidos, entre eles estava Ezequiel. Em relação aos presos que já foram
soltos, o MPF já recorreu à Justiça para pedir a manutenção das prisões.
A quadrilha
operava invadindo terras públicas. Desmatava e incendiava as áreas para
formação de pastos, e depois vendia as terras como fazendas. A prática chegava
a render para o grupo R$ 20 milhões por fazenda.
De acordo com a
investigação, pelo menos 15,5 mil hectares foram desmatados pela quadrilha,
resultando em um prejuízo ambiental equivalente a R$ 500 milhões, no mínimo.
Outras quadrilhas com atuação semelhante à do grupo denunciado estão sendo
investigadas pelas instituições responsáveis pela operação Castanheira.
Castanha será
julgado pela Justiça Federal e poderá receber pena de mais de 46 anos de prisão
pelos diversos crimes cometidos, tais como desmatamento ilegal, formação de
quadrilha, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos, além de outros.
Fonte DOL
Leia também:
Nenhum comentário:
Postar um comentário