André Vargas,
Luiz Argôlo, Pedro Corrêa e Aline Corrêa viraram réus.
Eles são os primeiros ex-parlamentares a responder na Justiça Federal.CEBOOK
Eles são os primeiros ex-parlamentares a responder na Justiça Federal.CEBOOK
Ex-deputados viraram réus na Operação Lava Jato
(Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados,
Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo e David
Ribeiro/Câmara dos Deputados)
(Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados,
Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo e David
Ribeiro/Câmara dos Deputados)
A Justiça Federal aceitou as denúncias contra
quatro ex-deputados federais acusados de envolvimento em esquemas de corrupção
investigados pela Operação Lava Jato. André
Vargas, Pedro Corrêa, Aline Corrêa, e Luiz Argôlo foram
denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) e
são os primeiros ex-parlamentares réus em processos derivados da operação.
Dos quatro, apenas Aline Corrêa, que é filha de
Pedro Corrêa, não está presa na Superintendência da Polícia Federal emCuritiba. Além deles, os outros nove
denunciados pelo MPF na quinta-feira (14) também tiveram as denúncias aceitas,
e passam a ser réus, dentre eles o doleiro Alberto Youssef.
Veja os acusados e os crimes pelos quais eles
respondem:
- Núcleo André Vargas
André Luiz Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Leon Dênis Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Milton Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Ricardo Hoffmann – Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
André Luiz Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Leon Dênis Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Milton Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Ricardo Hoffmann – Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
-Núcleo Pedro Corrêa
Pedro Corrêa - Corrupção passiva, Lavagem de dinheiro, Peculato.
Ivan Vernon - Lavagem de dinheiro, Peculato.
Márcia Danzi - Lavagem de dinheiro.
Aline Corrêa - Peculato.
Alberto Youssef - Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Lavagem de dinheiro.
Fábio Corrêa - Lavagem de dinheiro.
Pedro Corrêa - Corrupção passiva, Lavagem de dinheiro, Peculato.
Ivan Vernon - Lavagem de dinheiro, Peculato.
Márcia Danzi - Lavagem de dinheiro.
Aline Corrêa - Peculato.
Alberto Youssef - Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Lavagem de dinheiro.
Fábio Corrêa - Lavagem de dinheiro.
- Núcleo Luiz Argôlo
Luiz Argôlo – Corrupção, Lavagem de dinheiro, peculato.
Alberto Youssef – Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Carlos Alberto Costa - Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Luiz Argôlo – Corrupção, Lavagem de dinheiro, peculato.
Alberto Youssef – Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Carlos Alberto Costa - Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Veja vídeo
Pedro e Aline Corrêa
Segundo o MPF, Pedro Correa era responsável, como liderança do Partido Progressista, pelo repasse geral de propinas ao partido, tendo recebido diretamente R$ 40,7 milhões em propina do esquema entre 2004 a 2014. Ele responde por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
Segundo o MPF, Pedro Correa era responsável, como liderança do Partido Progressista, pelo repasse geral de propinas ao partido, tendo recebido diretamente R$ 40,7 milhões em propina do esquema entre 2004 a 2014. Ele responde por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
“Pedro Corrêa era um dos responsáveis pela
distribuição interna do PP e recebeu valores específicos em benefício próprio”,
afirmou o procurador Deltan Dallagnol, do MPF.
Também responde por peculato neste processo a filha
de Pedro Corrêa, Aline Corrêa, pela nomeação ao cargo de secretária parlamentar
na Câmara Federal de uma funcionária que não prestava serviços, entre 2003 e
2012. O salário dela, conforme o MPF era desviado em benefício dos responsáveis
pela nomeação - antes de chegar ao gabinete de Aline, ela foi nomeada no de
Pedro Corrêa.
A funcionária era empregada doméstica de Ivan
Vernon, que também responde por peculato e lavagem de dinheiro. O mesmo esquema
ocorreu com pelo menos mais uma secretária parlamentar do gabinete de Aline
Corrêa, entre os anos de 2012 e 2015, segundo os procuradores. A pedido do MPF,
os procedimentos contra as funcionárias fantasmas foram arquivados por falta de
provas de que elas sabiam do esquema.
Na mesma ação, Alberto Youssef e Rafael Ângulo
Lopez respondem por lavagem de dinheiro, assim como Márcia Danzi e Fábio
Correa.
Em contrapartida, o juiz Sergio Moro rejeitou a
denúncia de crime de organização criminosa contra Márcia Danzi, Fábio Corrêa e
Ivan Vernon. "Considerando a participação deles acessória na lavagem de
dinheiro, não reputo presente elementos probatórios suficientes que indiquem
que teriam se associado ao grupo criminoso que vitimou a Petrobras",
justificou.
No despacho, Moro ainda designou a primeira
audiência para ouvir testemunhas de acusação no dia 23 de junho. Devem ser
intimados Paulo Roberto Costa, Meire Bonfim da Silva Pozza, Leonardo Meirelles,
Ediel Viana da Silva e Carlos Alberto Pereira da Costa.
Luiz Argôlo
Conforme o MPF, Luiz Argôlo criou uma relação com o doleiro Alberto Youssef diferente dos demais parlamentares envolvidos. "Ele criou relação de sociedade com Youssef. Então, muitas vezes, Alberto repassava dinheiro diretamente para o Argôlo", afirmou o procurador Paulo Galvão. Conforme o procurador, Youssef tinha interesse especial na carreira do então deputado, tendo repassado propina a ele em pelo menos dez ocasiões.
Conforme o MPF, Luiz Argôlo criou uma relação com o doleiro Alberto Youssef diferente dos demais parlamentares envolvidos. "Ele criou relação de sociedade com Youssef. Então, muitas vezes, Alberto repassava dinheiro diretamente para o Argôlo", afirmou o procurador Paulo Galvão. Conforme o procurador, Youssef tinha interesse especial na carreira do então deputado, tendo repassado propina a ele em pelo menos dez ocasiões.
Foram encontrados registros de 78 visitas de Argôlo
aos escritórios de Youssef. Com o cruzamento das passagens aéreas, o MPF
sustenta que em 40 oportunidades essas viagens aconteceram com recursos da
Câmara Federal. "O valor gasto nessas passagens é de R$ 55.192,43",
explicou Galvão.
Para comprovar a denúncia, Moro solicitou a
expedição de ofício ao presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, com pedido
de informações e cópias sobre requisições de passagens aéreas ou de reembolso
de despesas com viagens áreas formuladas por Argôlo entre 2010 e 2014.
André Vargas
No caso do ex-parlamentar do PT, os procuradores sustentam que a corrupção aconteceu em contratos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde, e ocorriam através da agência de publicidade Borghi Lowe e da empresa Labogen.
No caso do ex-parlamentar do PT, os procuradores sustentam que a corrupção aconteceu em contratos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde, e ocorriam através da agência de publicidade Borghi Lowe e da empresa Labogen.
"Em relação ao Ministério da Saúde, nós temos
evidências de que o Vargas conseguiu um termo de parceria entre o ministério e
a Labogen. Já quanto à Caixa, várias ligações para um diretor da Caixa foram
feitas pelo celular do próprio Vargas", afirmou o procurado Deltan
Dallagnol.
Fernando CastroDo G1 PR
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