Demais presos na
operação "Filisteu" estão sendo transferidos para Belém.
Odilon, que reclamou do salário, disse que está com problemas de saúde.
Odilon, que reclamou do salário, disse que está com problemas de saúde.
Vereador Odilon Rocha no momento em que foi preso na última terça-feira
(26). (Foto: Reprodução/TV Liberal)
O vereador Odilon Rocha (SDD) continua preso na sede da Polícia Civil nesta
quarta-feira (27) em Parauapebas, no sudeste do Pará, após uma
investigação do Ministério Público do Estado (MPPA) e da Polícia Federal. De
acordo com Milton Menezes, coordenador da Operação "Filisteu",
deflagrada na terça-feira (26), o parlamentar deve ser transferido para Belém,
mas não pode sair do município por problemas de saúde e alegou que deve
continuar o tratamento na cidade. O também vereador José Arenes (PT) e um
comerciante do município já estão a caminho da capital e continuarão presos
preventivamente.
Durante a operação documentos foram apreendidos na
prefeitura e mandados de busca e apreensão foram cumpridos no centro comercial
da cidade, para combater um esquema de fraudes em processos licitatórios e
superfaturamento de terrenos desapropriados pela prefeitura. De acordo com as
investigações do MPPA, Odilon Rocha é acusado de envolvimento com fraudes em
licitações no período em que exerceu o cargo de primeiro secretário da casa,
entre os anos de 2013 e 2014. O objetivo das licitações era a compra de
veículos e alimentos para a Câmara de Vereadores.
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Ainda segundo o MPPA, Odilon é suspeito de receber
50% dos valores superfaturados do empresário que vencia as licitações do
período. O empresário foi preso acusado de emitir notas fiscais frias e
superfaturadas. Pelos cálculos dos promotores de justiça, a fraude pode
ultrapassar o valor de R$ 1.300.000.
A Prefeitura de Parauapebas informou que colabora
com as investigações fornecendo informações e que os serviços municipais não
foram interrompidos com a operação. A Prefeitura informa ainda que os
procedimentos referentes à Câmara Municipal são de responsabilidade da mesa
diretora do poder legistativo.
'Mal dá para sobreviver'
Na sessão do dia 24 de abril, Odilon questionou o valor do salário dos vereadores. "O valor que o vereador ganha aqui, se ele não for corrupto, ele mal se sustenta durante o mês", disse Odilon, que cumpre atualmente seu quinto mandato na Assembleia do município. O vídeo com a declaração circulou por redes sociais e foi alvo de reclamações de moradores do município.
Na sessão do dia 24 de abril, Odilon questionou o valor do salário dos vereadores. "O valor que o vereador ganha aqui, se ele não for corrupto, ele mal se sustenta durante o mês", disse Odilon, que cumpre atualmente seu quinto mandato na Assembleia do município. O vídeo com a declaração circulou por redes sociais e foi alvo de reclamações de moradores do município.
Cada um dos 15 vereadores de Parauapebas recebem o
valor bruto de R$ 10.013,00 de salário, antes dos descontos de impostos. Os
vereadores ainda tem direito aos valores de R$ 2.800,00 para custear despesas
com combustível e R$ 1.00,00 para despesas com telefone, totalizando o valor de
R$ 13.813,00, que equivale a 17 salários mínimos. Os vereadores recebem ainda
uma caminhonete alugada pela câmara e diárias para viagens, que variam de R$
300,00 a R$ 800,00.
Repercussão
Mesmo diante da repercussão negativa da declaração, Odilon foi defendido pelo presidente da Câmara do município, Ivanildo Braz, que é seu colega de partido. "A declaração dele não foi só a parte do vídeo. Ele dá a explicação total. O vereador em sequência explicou a linha da raciocínio dele, e comparou o salário com o dos secretários", disse Braz.
Mesmo diante da repercussão negativa da declaração, Odilon foi defendido pelo presidente da Câmara do município, Ivanildo Braz, que é seu colega de partido. "A declaração dele não foi só a parte do vídeo. Ele dá a explicação total. O vereador em sequência explicou a linha da raciocínio dele, e comparou o salário com o dos secretários", disse Braz.
No dia 12 de maio, Odilon pediu perdão pelas
declarações. "Eu errei, isso pode ocorrer com qualquer pessoa, e como ser
humano, peço a Deus que isso jamais aconteça outra vez. Por todas essas
palavras eu peço perdão à minha família, primeiramente, aos meus pares desta
casa, todos os senhores zeladores desta casa, ao meu partido e a todos os
brasileiros, em especial ao povo do município de Parauapebas", disse
Do G1 PA
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