Grávidas da PB tinham vírus em líquido amniótico; suposta causa é
inédita.
Relatório aponta 399 casos em sete estados; foram 268 em Pernambuco.EBOOK
Relatório aponta 399 casos em sete estados; foram 268 em Pernambuco.EBOOK
O Ministério da
Saúde informou nesta terça-feira (17) que a epidemia de contaminação por zika
vírus registrada no primeiro semestre é a "principal hipótese" para
explicar o aumento dos casos de microcefalia na região Nordeste.
A microcefalia é uma condição rara em
que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. Boletim
epidemiológico com dados reunidos até esta segunda (16) aponta a ocorrência de
399 casos em 2015, em sete estados.
·
o que é
O zika é da mesma família do vírus da dengue,
porém menos agressivo, e foi identificado pela primeira vez no Brasil em abril
deste ano.
Casos
Primeiro estado a identificar o aumento nos casos de microcefalia, Pernambuco tem o maior número de ocorrências até o momento – 268 bebês diagnosticados em 2015.
Primeiro estado a identificar o aumento nos casos de microcefalia, Pernambuco tem o maior número de ocorrências até o momento – 268 bebês diagnosticados em 2015.
Também foram
registrados 44 casos em Sergipe, 39 no Rio Grande do Norte, 21 na Paraíba, 10
no Piauí, 9 no Ceará e 8 na Bahia.
O ministério
afirma que ainda não recebeu dados de outras unidades da federação que apontem
uma escalada de microcefalia em recém-nascidos, embora outros estados também
tenham registrado casos de zika vírus. Nesta terça, a pasta enviou orientações
a todas as secretarias estaduais de saúde sobre o processo de notificação,
vigilância e assistência às gestantes.
A relação entre
o zika vírus e a má-formação genética ganhou força porque o micro-organismo foi
identificado em duas gestantes da Paraíba. Elas apresentaram sintomas da
infecção durante a gravidez e carregam bebês com microcefalia confirmada.
Exames laboratoriais encontraram o vírus no líquido amniótico, que envolve o
bebê na gestação.
"Vocês podem perguntar se isso fecha a correlação entre as duas coisas, e minha resposta é: 'quase'. Estamos sendo bastantes cautelosos, mas não se encontrou nenhuma outra causa até o momento. Tivemos uma circulação importante do vírus no Brasil no primeiro semestre, coisa que aconteceu pela primeira vez na nossa história", declarou o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério, Cláudio Maierovitch.
"Vocês podem perguntar se isso fecha a correlação entre as duas coisas, e minha resposta é: 'quase'. Estamos sendo bastantes cautelosos, mas não se encontrou nenhuma outra causa até o momento. Tivemos uma circulação importante do vírus no Brasil no primeiro semestre, coisa que aconteceu pela primeira vez na nossa história", declarou o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério, Cláudio Maierovitch.
Relação inédita
Maierovitch disse que a relação entre o vírus zika e a má-formação genética "é inédita no mundo" e não consta na literatura científica até o momento. "Nossos cientistas, cientistas do mundo que se interessarem, devem nos ajudar a provar essa causa e efeito."
Maierovitch disse que a relação entre o vírus zika e a má-formação genética "é inédita no mundo" e não consta na literatura científica até o momento. "Nossos cientistas, cientistas do mundo que se interessarem, devem nos ajudar a provar essa causa e efeito."
Apesar disso, o
Ministério da Saúde não trabalha com a hipótese de que o vírus zika em
circulação no Brasil tenha sofrido mutação e se tornado mais perigoso.
"O zika
foi identificado em pouquíssimas partes do mundo. Foi no Brasil e no primeiro
semestre que ele circulou com mais intensidade. Essas consequências 'novas'
podem não ter sido identificadas antes porque a circulação ocorreu em áreas
limitadas", afirmou o diretor.
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