A
Advocacia-Geral da União (AGU) pedirá ao Ministério da Justiça que determine a
abertura de um inquérito para investigar supostos crimes de ofensa contra a
presidente Dilma Rousseff contidos em reportagem publicada pela
"IstoÉ".
Em
nota oficial, o Palácio do Planalto acusa a revista de veicular, na edição
deste sábado (2), um texto com "fantasiosos casos de descontrole emocional
da presidenta e a compara a Maria 1ª, a Louca, rainha de Portugal no fim do
século 18".
O
comunicado diz que a AGU também pleiteará na Justiça o direito de resposta, com
o objetivo de obter o mesmo espaço dado à reportagem, classificada como
"leviana" pelo órgão.
A
revista afirma que, abalada pela ameaça do impeachment, a presidente vem
protagonizando episódios de descontrole e acessos de raiva.
A capa da revista
foi alvo de crítica também nas redes sociais (Foto: reprodução)
OUTRO LADO
Procurado, o
diretor de redação da "IstoÉ", Mário Simas, disse que a revista
reafirma tudo que está na reportagem. "São fatos apurados junto a fontes
credenciadas para dar esse tipo de informação", afirma Simas.
#ISTOÉMACHISMO
Nas redes sociais
a capa da revista também repercutiu. A hashtag #IstoÉMachismo ficou entre os
assuntos comentados neste sábado.
A maioria dos
internautas criticava a capa da revista e o modo como a presidente era tratada
na publicação.
A deputada Maria
do Rosário negou que tivesse sido desrespeitada, como diz a reportagem. (Foto:
reprodução/Facebook)
A União
Brasileira de Mulheres publicou um a nota na qual “repudia veementemente” a
capa da Isto É. “A revista, que há muito abandonara o jornalismo para se
dedicar a ser um panfleto da oposição e da desestabilização política do governo
da presidenta Dilma. Além das mentiras e distorções habituais, nesta edição, a
revista também lançou mão do machismo mais descarado para tentar atingir a
presidenta Dilma”, diz trecho.
A deputada
federal Maria Rosário Nunes, que é citada na reportagem como uma das pessoas que
teria sofrido com o “descontrole” da presidente, também classificou o texto
como machista. Ela esclareceu que “jamais fui desrespeitada por Dilma. Fui
apoiada por ela para colocar a Comissão da Verdade em funcionamento e para
resgatar a história do ex-presidente João Goulart. Dilma sempre me apoiou no
trabalho como ministra”.
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(DOL com
informações da Folhapress)
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