Em Alenquer,
foi confirmada a 1ª morte por febre amarela do Pará neste ano. Um menino de 11
anos
Servidor
da Sespa realiza trabalho de borrificação na zona rural de Alenquer
O reforço na vacinação de moradores das comunidades rurais do município de Alenquer, no oeste do Pará, é a prioridade do plano emergencial contra a febre amarela executado pelo governo do estado na região. A informação é da Agência Pará.
Ontem,
ficou de chegar no município uma nova remessa de vacinas para reforçar o
estoque que será levado até a zona rural. São mais 10 mil doses.
O
plano de contingência no oeste do Pará inclui a intensificação das ações de
controle endêmico, manejo clínico e educação em saúde.
Equipes
da Sespa (Secretaria de Estado de Saúde Pública) que estão em Alenquer
visitaram a localidade onde residia o menino de 11 anos que morreu, na semana
passada, em decorrência da enfermidade.
Na última quarta-feira (22), a morte foi confirmada como a
primeira causada pela doença este ano no Pará.
Desde
quinta-feira (23) uma equipe técnica da Sespa atua no município, alinhando as
ações com as autoridades de saúde locais.
Neste
sábado (25), outra equipe, com cerca de 20 profissionais, reforçará o trabalho
em Alenquer.
AS AÇÕES
São
servidores do Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Polícia Militar e do
Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp). Um helicóptero também será
destacado para a ação.
No
mesmo dia, o titular da Sespa, Vitor Mateus, chegará à cidade para se reunir
com autoridades e acompanhar as ações. O plano emergencial contempla outras
quatro sedes municipais do oeste paraense sob a área de influência da doença
(Curuá, Óbidos, Oriximiná e Monte Alegre).
O
coordenador do Grupo de Trabalho de Zoonoses da Sespa, Fernando Esteves, foi
nesta sexta-feira (24) até a comunidade Median, a cerca de 50 quilômetros da
sede de Alenquer, e conversou com moradores.
FRIO FORTE
A
cobertura vacinal já foi feita na localidade, que tem uma morte por febre
amarela confirmada e outra sob suspeita.
“É
importante que vocês recebam bem o agente comunitário de saúde e sigam as
recomendações dos profissionais para evitar que mais pessoas fiquem doentes”,
frisou Fernando Esteves.
A
morte considerada caso suspeito de febre amarela foi a do menino Juan da Costa
Sena, 10 anos, que não era vacinado contra a doença. O pai da criança, o
agricultor Antônio Júlio de Souza Sena, 37 anos, contou que o filho sentiu um
frio muito forte durante uma pescaria.
Já
em casa, ele teve febre e dor de cabeça intensa. Foi quando a família decidiu
levá-lo para o Centro Municipal de Saúde de Alenquer, de onde o paciente foi
transferido para o Hospital Regional de Santarém.
CHANCES DE CURA
Após
oito dias, Juan não resistiu.
“Depois
disso, todos tomamos a vacina, inclusive meus outros dois filhos, que têm 5 e
13 anos. Estamos muito tristes com a morte do Juan, mas isso serviu de alerta e
aprendizado não apenas para a nossa família, como para toda a comunidade”,
disse Antônio Sena.
Na
comunidade surgiram muitas dúvidas depois dos registros.
O
procedimento correto, orientou Fernando Esteves, “é tomar a vacina e levar quem
adoecer imediatamente para a unidade de saúde mais próxima. Quanto mais rápido
o atendimento, melhores as chances de cura”.
BORRIFICAÇÃO
Na
última quarta-feira a borrifação começou a ser feita nas localidades rurais,
para eliminar os mosquitos que podem transmitir a febre amarela, inclusive o
Aedes aegypti.
“Esse
trabalho é importante porque elimina o inseto que passa o vírus para o homem.
Fizemos três dias nas comunidades onde foram registradas mortes de macacos e
onde houve o registro da febre amarela em humanos”, explicou o biólogo Alberto
Soares, do 9º Centro Regional de Saúde (CRS), em Santarém.
Fonte –
Agência Pará
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