O Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com o Tribunal de Justiça do Estado
(TJE), Ministério Público do Estado, Defensoria Pública e Superintendência do
Sistema Penitenciário (Susipe), fará, no período de 4 a 29 de agosto, um
mutirão carcerário em unidades prisionais de Belém e do interior. O mutirão,
que já passou por outros 15 Estados do Brasil, chega ao Pará e ao Mato Grosso,
simultaneamente. O procedimento faz parte da política institucional do CNJ.
“O CNJ já
tem um calendário de mutirão anual. A população carcerária de unidades
prisionais da Região Metropolitana de Belém, além de outras localizadas nos
municípios de Marabá, Parauapebas, Santarém, Altamira e Redenção, será
atendida pela equipe do Judiciário. Somente na capital, cerca de três mil
presos receberão assistência jurídica e terão os processos analisados”, explica
o titular da Susipe, André Cunha.
No
mutirão, será fiscalizada a tramitação dos processos de condenados e presos
provisórios, além das condições de encarceramento dos detentos. O juiz Eduardo
Lino Bueno Fagundes, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, foi designado
pelo CNJ para coordenar o mutirão no Pará.
Nesta
quarta-feira (30), uma videoconferência foi feita em Belém com a participação
do juiz Douglas de Melo Martins, coordenador do Departamento de Monitoramento e
Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas
Socioeducativas e também juiz auxiliar da Presidência do CNJ.
“O
mutirão não é motivado por nenhuma denúncia e nem estamos aqui fazendo correição
ou investigando o trabalho dos tribunais de Justiça. Trata-se de uma parceria
entre o tribunal, o Ministério Público, Defensoria Pública e Susipe para
fortalecer a boa prática entre as instituições”, esclareceu o magistrado.
Para
André Cunha, o mutirão é uma ação que vem somar esforços para a resolução de
problemas no sistema carcerário do país, principalmente a superlotação,
ocasionada, em grande parte, pelo grande número de presos provisórios. “Esta é
uma ação que beneficia o sistema de Justiça criminal como um todo e, sobretudo,
fortalece e potencializa os mutirões que já são feitos pelo Poder Judiciário do
Pará, em parceria com a Susipe, o Ministério Público e a Defensoria Pública”,
conclui.
As
atividades serão executadas pelo Departamento de Monitoramento e Fiscalização
do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas, do
CNJ. Ao final, serão elaborados relatórios com recomendações às autoridades do
Pará e Mato Grosso. (Com informações da Ascom TJE)
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