Rayfran
das Neves Sales, condenado a 27 anos de prisão por ser assassino confesso da
missionária norte-americana Dorothy Stang, foi preso neste sábado (20) em Belém.
Segundo a Divisão de Homicídios da Polícia Civil, ele seria o autor dos disparos
que mataram um casal de amigos encontrados em Tomé-Açú, nordeste do Pará, no
último dia 7 de setembro. Rayfran foi beneficiado com prisão domiciliar em 2013
por ter apresentado bom comportamento na cadeia.
De acordo
com a polícia, uma mensagem enviada pela vítima Leandro Vargas ao pai dizia
que, se algo acontecesse com ele, "o culpado seria o Rayfran, porque
estava com ele (a vítima)".
Rayfran
(segundo da esquerda) e os demais
suspeitos foram apresentados neste sábado em Belém (Foto: Divulgação/ Polícia Civil/ Daniel Castro)
suspeitos foram apresentados neste sábado em Belém (Foto: Divulgação/ Polícia Civil/ Daniel Castro)
Outros
três suspeitos de envolvimento no crime foram presos: um no bairro Guamá, na
capital; outro no bairro do 40 Horas, em Ananindeua; e o terceiro foi preso em
flagrante no dia 13 de setembro por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de
fogo em Igarapé-Miri, nordeste do estado.
O crime
Leandro Vargas e Joseane Noronha Santos saíram de Rurópolis, sudoeste do Pará, no dia 4 de setembro. Os corpos foram encontrados alguns dias depois em Tomé-Açú, nordeste do estado. Após o desaparecimento, as famílias procuraram a polícia, e o caso passou a ser
investigado pela Divisão de Homicídios (DH) em Belém, onde o pai de Leandro registrou boletim de ocorrência. O último contato do casal de amigos com a família foi feito no dia 5, uma sexta-feira.
Tráfico
De acordo com informações da polícia, Leandro foi chamado por um conhecido para receber um carregamento de aproximadamente 50 quilos de cocaína que vinha da Bolívia. O jovem teria ido apanhar a droga no interior do estado do Mato Grosso para seguir até Novo Progresso, município próximo da fronteira do MT. Lá, ele chamou Joseane para acompanhá-lo até o ponto de encontro em Tailândia, na Vila dos Palmares, nas proximidades da indústria Agropalma. No local, Leandro receberia o pagamento pelo transporte da droga.
De acordo com informações da polícia, Leandro foi chamado por um conhecido para receber um carregamento de aproximadamente 50 quilos de cocaína que vinha da Bolívia. O jovem teria ido apanhar a droga no interior do estado do Mato Grosso para seguir até Novo Progresso, município próximo da fronteira do MT. Lá, ele chamou Joseane para acompanhá-lo até o ponto de encontro em Tailândia, na Vila dos Palmares, nas proximidades da indústria Agropalma. No local, Leandro receberia o pagamento pelo transporte da droga.
"O
conhecido de Leandro iria até Tailândia acompanhado também de uma mulher,
Rayfran e dois dos três suspeitos presos. Esse segundo casal seria
intermediador entre os traficantes e Leandro, mas Rayfran decidiu eliminar
todos os intermediários, inclusive Leandro, que era a 'mula' do esquema; pessoa
responsável por receber e encaminhar a droga para o destinatário; para receber
toda a droga e não pagar nada aos envolvidos. O preso de Igarapé-Miri foi
responsável por alugar o carro que foi utilizado pelo trio e o casal que saiu
de Belém", informou a assessoria da Polícia Civil do Pará.
Casal
desapareceu após sair de Rurópolis
(Foto: Reprodução/ TV Liberal)
(Foto: Reprodução/ TV Liberal)
Atentado
Rayfran também seria o autor dos disparos contra este segundo casal, que foi alvejado na Alça Viária no início de setembro. O homem morreu após levar um tiro na cabeça e a mulher segue internada no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua. "Ela recebeu dois tiros, um na altura das costas e outro de raspão na altura do rosto. Ela caiu no chão e se fingiu de morta. Como era à noite, eles pensavam que os dois estavam mortos e resolveram ir embora. Mas ela conseguiu se levantar e pediu socorro", detalha a Polícia Civil.
Rayfran também seria o autor dos disparos contra este segundo casal, que foi alvejado na Alça Viária no início de setembro. O homem morreu após levar um tiro na cabeça e a mulher segue internada no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua. "Ela recebeu dois tiros, um na altura das costas e outro de raspão na altura do rosto. Ela caiu no chão e se fingiu de morta. Como era à noite, eles pensavam que os dois estavam mortos e resolveram ir embora. Mas ela conseguiu se levantar e pediu socorro", detalha a Polícia Civil.
A vítima
sobrevivente foi ouvida pela polícia e confirmou todas as informações, o que
ajudou a esclarecer a ligação entre os dois casos e os crimes.
Todos os
presos aguardam comunicado da Superintendência do Sistema Penitenciário do
Estado do Pará (Susipe) informando para onde serão encamnhados. A transferência
para as casas penais deve ocorrer ainda neste sábado (20).
Caso
Dorothy Stang
Rayfran das Neves Sales foi condenado pelo assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005 em uma área do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança em Anapu (PA), no oeste paraense. Ele estava preso desde 2005 e deixou a unidade prisional do Centro de Progressão Penitenciária de Belém (CPPB) no dia 2 de julho de 2013, onde cumpria pena em regime semiaberto há 8 anos, por receber da Justiça progressão para prisão domiciliar. Ele foi beneficiado com a medida por apresentar bom comportamento, ter trabalhado e estudado durante o cumprimento da pena.
Rayfran das Neves Sales foi condenado pelo assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005 em uma área do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança em Anapu (PA), no oeste paraense. Ele estava preso desde 2005 e deixou a unidade prisional do Centro de Progressão Penitenciária de Belém (CPPB) no dia 2 de julho de 2013, onde cumpria pena em regime semiaberto há 8 anos, por receber da Justiça progressão para prisão domiciliar. Ele foi beneficiado com a medida por apresentar bom comportamento, ter trabalhado e estudado durante o cumprimento da pena.
Com a
decisão, Rayfran ficou proibido de frequentar bares, casas noturnas e
estabelecimentos similares, e deveria permanecer recolhido à residência no
período noturno, além de se apresentar às autoridades judiciais mensalmente.
Além do
pistoleiro, Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, foi sentenciado a 30 anos de
prisão pelo juiz Moises Alves Flexa no dia 19 de setembro de 2013, após mais de
15 horas de julgamento no Tribunal de Justiça do Pará. O condenado não poderá
recorrer em liberdade, devendo ser custodiado pela Superintendência do Sistema
Penitenciário do Pará (Susipe). Este foi o quarto julgamento de Vitalmiro. Ele
foi julgado pela primeira vez em 2007 e condenado a 30 anos de prisão. Naquele
ano, quem recebia pena superior a 20 anos tinha direito a um novo júri. Em maio
de 2008, Bida voltou a sentar no banco dos réus e foi absolvido. O Ministério
Público recorreu da sentença e o julgamento foi anulado.
Fonte G1;
Fonte G1;
Nenhum comentário:
Postar um comentário