A
expectativa é que, a partir da próxima terça-feira, 28, quando há sessão
ordinária na Assembléia Legislativa, seja instalada a Comissão Parlamentar de
Inquérito, apresentada desde o dia 14 de outubro pelo deputado Carlos Bordalo
(PT) à presidência da casa, e que se propõe a investigar os indícios de
corrupção envolvendo o fisco estadual protagonizados por Izabela Jatene, filha
do governador Simão Jatene (PSDB), e pelo subsecretário da Fazenda, Nilo
Noronha, ainda no início do atual mandato tucano.
De lá até
o dia em que entregou o requerimento à mesa diretora, o petista conseguiu o
mínimo de assinaturas exigido pelo regimento interno da AL - um total de 14, o
equivalente a 1/5 da quantidade dos 41 deputados em atuação -, e quase que
imediatamente o presidente oficiou os cinco partidos com maior número de
deputados ocupando cadeiras na Assembléia Legislativa a indicar seus
representantes. Vale lembrar que não há nenhuma CPI em andamento na casa, o que
não deixa outro entendimento que não o de estar havendo uma falta de boa
vontade política para fazer a investigação começar a andar.
Dos cinco
partidos convocados a indicar seus representantes, três, sendo eles PMDB, PT e
DEM, já o fizeram. Se os outros dois (PSDB e PSD), componentes da bancada
aliada ao governador, e portanto nada interessados em contribuir para a
celeridade do processo, continuarem se esquivando, acaba nessa data o prazo
para que isso seja feito espontaneamente, ficando nas mãos do presidente,
Márcio Miranda (DEM) a nomeação.
Se essa
for a atitude de Miranda, as duas siglas podem ainda não concordar com as
indicações feitas e dar a vez para outros dois partidos, na ordem decrescente de
representatividade parlamentar.
O
deputado Carlos Bordalo, propositor da CPI, já
falou em mais de uma ocasião sobre suas expectativas de que o Legislativo sobreponha sua missão de esclarecer os fatos à disputa eleitoral, bem como outros deputados das bancadas de oposição, como o próprio PT, o PMDB e o PSOL.
falou em mais de uma ocasião sobre suas expectativas de que o Legislativo sobreponha sua missão de esclarecer os fatos à disputa eleitoral, bem como outros deputados das bancadas de oposição, como o próprio PT, o PMDB e o PSOL.
Bordalo
apresentou o requerimento à casa no dia 23 de setembro, há pouco mais um mês,
motivado pela denúncia feita na edição do dia 21 do mesmo mês pelo DIÁRIO
mostrando Izabela Jatene e o subsecretário do Fisco Estadual, Nilo Noronha,
flagrados por um grampo telefônico feito pela Polícia Civil em 2011, e
autorizado judicialmente, em um diálogo no mínimo suspeito, em que ela, já
coordenadora do Pró-Paz, pede a ele que lhe envie para seu e-mail pessoal a
lista com as 300 maiores empresas do Estado para que ela possa “buscar esse
dinheirinho deles”.
(Diário do Pará)
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