Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo
informou, neste sábado (15), que assassinos utilizaram armas de calibres 380,
38, 45 e 9 mm nos ataques que deixaram 18 mortos em Osasco e Barueri. A
Polícia Civil já havia levantado a informação sobre o uso de armas restritas às forças de segurança
nos crimes. Uma das possíveis motivações levantadas pelas investigações é a devingança de PMs e guardas-civis pelas
mortes de um policial e de um GCM, ambos de folga.
Segundo nota da Secretaria da Segurança Pública
(SSP), projéteis daquelas armas foram encontrados em oito dos dez pontos onde
ocorreram os crimes na quinta-feira (13). Os calibres 38 e 380 são usados pela
Guarda Civil; o 9 mm, por integrantes da PF e das Forças Armadas. Policiais
civis e militares de São Paulo usam em serviço munição calibre ponto 40, que
não foi encontrada nas cenas dos crimes. Armas ponto 45, um dos calibres
achados pelo IC, podem ser portadas por agentes de segurança de folga desde
2013.· secretário: 'maior chacina do ano'
Naquele ano, o Comando do Exército autorizou
policiais militares, policiais civis e bombeiros a comprarem e portarem, para
uso pessoal, pistolas de calibre ponto 45. A ponto 45 é também usada pela
Polícia Federal como arma corporativa, nas ruas.
As Polícias Militares dos estados e do Distrito
Federal, porém, continuam proibidas de usar o mesmo calibre no policiamento.
Segundo o Exército, pela legislação, as armas de dotação das PMs no país são
exclusivamente o revólver calibre 38 e a pistola ponto 40.
“Assim que o material dos últimos dois locais for
periciado, o IC poderá concluir a análise conjunta e indicar quais as mesmas
armas que foram utilizadas em diversos locais”, informa comunicado da SSP.
Osasco e Barueri receberam reforço de 83
policias militares e 43 viaturas após a série de ataques. De acordo com a SSP,
os agentes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Força Tática e
Comando de Operações Especiais (COE) patrulhavam as ruas dessas regiões neste
sábado (15).
O governo de São Paulo determinou também a criação
emergencial de uma força-tarefa, para investigar a autoria dos crimes. A
equipe montada pela SSP possui 50 policiais civis, sendo 30 do Departamento de
Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro) e 20 do Departamento Estadual
de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Serão 12 peritos e 8 médicos
legistas. As delegacias de Osasco e Barueri também participam
das investigações.
O Ministério Público estadual designou três
promotores para acompanhar a investigação: Marco Antonio de Souza e Helena
Bonilha, de Osasco, e Vitor Petri, de Barueri, todos do Tribunal do Júri.
Enterros
A maioria das vítimas foi enterrada neste sábado (15). O G1 acompanhou nesta manhã o velório e sepultamento de seis pessoas no cemitério Santo Antônio, em Osasco. Presley Santos Gonçalves, de 26 anos, Deividson Lopes Ferreira, 26, Igor Silva Oliveira, 19, Jonas dos Santos Soares, 33, Eduardo Bernardino Cesar, 25, e Rodrigo Lima da Silva, de 17. Neste sábado também ocorreram enterros em Barueri, Itapevi, São Paulo, no litoral paulista e um no Piauí. Seis pessoas ficaram feridas.
A maioria das vítimas foi enterrada neste sábado (15). O G1 acompanhou nesta manhã o velório e sepultamento de seis pessoas no cemitério Santo Antônio, em Osasco. Presley Santos Gonçalves, de 26 anos, Deividson Lopes Ferreira, 26, Igor Silva Oliveira, 19, Jonas dos Santos Soares, 33, Eduardo Bernardino Cesar, 25, e Rodrigo Lima da Silva, de 17. Neste sábado também ocorreram enterros em Barueri, Itapevi, São Paulo, no litoral paulista e um no Piauí. Seis pessoas ficaram feridas.
Durante o velório e sepultamento, familiares das
vítimas diziam-se revoltados com a falta de segurança em seus bairros e que
seus parentes assassinados não tinham qualquer ligação com o mundo do crime.
Corpo é visto após
série de ataques (Foto: Edison Temoteo/Futura Press/Estadão Conteúdo)
Vingança
Uma das linhas de apuração aponta para crimes de vingança que teriam sido cometidos por policiais militares. Os ataques seriam uma retaliação ao assassinato de um policial militar na semana passada em Osasco. O cabo Avenilson Pereira de Oliveira, de 42 anos, foi víti 008000 ma de um assalto num posto de combustível, no último dia 7. Dois suspeitos do crime foram identificados pelo DHPP, que pediu a prisão deles à Justiça.
Uma das linhas de apuração aponta para crimes de vingança que teriam sido cometidos por policiais militares. Os ataques seriam uma retaliação ao assassinato de um policial militar na semana passada em Osasco. O cabo Avenilson Pereira de Oliveira, de 42 anos, foi víti 008000 ma de um assalto num posto de combustível, no último dia 7. Dois suspeitos do crime foram identificados pelo DHPP, que pediu a prisão deles à Justiça.
As execuções seguiram um padrão: homens encapuzados
em carros e em motos desciam dos veículos perto de bares, perguntavam para as
pessoas quem já havia tido ficha criminal e atiravam nelas. "Não
descartamos nenhuma hipótese", disse o secretário Alexandre de Moraes.
18 vítimas
Os ataques começaram às 20h30 de quinta, em um bar no Jardim Munhoz Júnior, em Osasco, já perto do limite com Barueri. Quatro pessoas baleadas morreram no bar. Outras seis morreram pouco depois ao serem socorridas. Uma testemunha contou ao Bom Dia São Paulo como foi a ação dos criminosos.
Os ataques começaram às 20h30 de quinta, em um bar no Jardim Munhoz Júnior, em Osasco, já perto do limite com Barueri. Quatro pessoas baleadas morreram no bar. Outras seis morreram pouco depois ao serem socorridas. Uma testemunha contou ao Bom Dia São Paulo como foi a ação dos criminosos.
"Chegaram dois carros com vários indivíduos,
em frente ao bar. Não procuraram por ninguém. Chegaram aqui, bateram em todo
mundo que eles viram e saíram correndo rapidamente, saíram rua abaixo e chegaram
aqui embaixo, onde deram mais tiros em um pessoal que estava parado lá, também
não acertou ninguém, mas foram embora", relatou a testemunha, que não quis
se identificar.
Vários ataques ocorreram nas horas seguintes em
outras ruas de Osasco: Moacir Sales D'Ávila, Suzano, Vitantônio de Abril e
Professora Sud Menucci e nas avenidas Eurico Cruz e Astor Palamin. Segundo
testemunhas, os ataques aconteceram até as 22h na cidade.
Já em Barueri, uma pessoa foi morta por volta das
22h15 na Rua Carlos Lacerda. Cerca de uma hora depois, outros dois homens foram
assassinados a tiros na Rua Irene. "Esses dois indivíduos baleados estavam
sentados tomando uma bebida quando pessoas saíram do carro e passaram a atirar
contra eles", disse o sargento da PM Flávio Sabino.
Um vídeo mostra dois homens encapuzados entrando em um bar de
Barueri. Eles rendem algumas pessoas. há correria na hora dos
tiros. Ao sair, os suspeitos seguem atirando (assista acima).
14/08/2015
14/08/2015
Preço da passagem cairá de R$ 3,30 para R$ 3,20. Outras cidades da
região Oeste também terão redução.
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