Rio
de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba foi onde caiu mais.
Queda é uma espécie de efeito colateral positivo da crise econômica.
Queda é uma espécie de efeito colateral positivo da crise econômica.
Edição do dia 03/09/2015
03/09/2015 21h02 - Atualizado em 03/09/2015
21h12
Preço dos imóveis à venda cai pela primeira
vez em sete anos
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba foi onde caiu mais.
Queda é uma espécie de efeito colateral positivo da crise econômica.
Queda é uma espécie de efeito colateral positivo da crise econômica.
Em agosto, pela
primeira vez em sete anos, caiu o preço médio dos imóveis à venda nas 20
maiores cidades brasileiras. É uma espécie de efeito colateral positivo da
crise econômica.
Vende-se,
vende-se, vende-se e vende-se. As placas estão por toda parte. Isso é mau
sinal? Depende do ponto de vista. Para quem quer se desfazer de um imóvel, não
está muito bom não, mas, para quem quer comprar, está ficando bacana. Por quê?
Porque, pela primeira vez desde 2008, os preços médios dos im& 008000
#243;veis caíram em 20 cidades brasileiras.
Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba foi
onde caiu mais. E caiu por quê? Porque, com a crise econômica, muita gente anda
desconfiada e está deixando de comprar.
“Hoje, a gente
tem a completa ausência dos fatores que incendiaram o mercado imobiliário nos
últimos anos: explosão da renda, crédito muito barato e a confiança, o otimismo
muito grande. Hoje, esses três fatores estão ao contrário. A gente tem renda em
queda, crédito caro e falta de confiança”, explica o economista da Fipezap
Eduardo Zylberstajn.
Para a gente
entender um pouco melhor como essa crise está afetando o setor, o Jornal
Nacionalfoi até uma empresa especializada em compra e venda de imóveis pela
internet. Eles têm 23 mil clientes em todo o país. Do começo do ano para cá, o
tempo médio de venda de um imóvel pelo site subiu de três para sete meses. Mais
que dobrou. E até por isso eles já começaram a constatar que nos últimos meses
os proprietários começaram a baixar os preços dos imóveis em 5% até 10%.
“A gente
consegue notar um aumento no tempo para negociação de imóveis maior nos imóveis
de maior valor, nos imóveis nas principais capitais aí acima de R$ 1,5 milhão.
Nos imóveis na faixa mais abaixo de R$ 600 mil, eles continuam tendo um giro um
pouco maior”, aponta o diretor do site de imóveis, Eduardo Schaeffer. Giro
maior e preço menor. Uma oportunidade aberta pela crise.
O corretor de
imóveis Orlando de Felippe conseguiu convencer a dona de um apartamento a
baixar a pedida de R$ 510 mil pra R$ 440 mil. O imóvel tem 50 metros quadrados
e está novinho em folha. O Orlando está otimista e diz que, apesar da crise, a
vida continua. “As pessoas casam, as pessoas precisam de moradia e, para isso,
há uma demanda por apartamentos, por casas, moradias. Porém, eu estou sentindo
que essa demanda está sendo reprimida. Num momento, espero não muito
longo, toda essa demanda reprimida vai voltar e aí pode haver uma inversão da
lei da oferta e da procura”, conta.
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