sexta-feira, 30 de outubro de 2015

CUNHA REVOGA DECISÕES SOBRE TRÂMITE DE PROCESSO DE IMPEACHMENT

Decisão visa impedir que liminares do Supremo travem eventual processo.
Com revogação, valem regras previstas na Constituição e no regimento.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), revogou nesta quinta-feira (29) decisão tomada por ele próprio sobre as regras de tramitação de processo de impeachment, posteriormente questionadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A revogação visa impedir que as liminares (decisões provisórias) concedidas pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, do STF, travem o andamento de eventual processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff.
A decisão do presidente da Câmara sobre a tramitação do requerimento de impeachment foi tomada em resposta a uma questão de ordem da oposição, que visava deixar claro quais os procedimentos que poderiam ser adotados no curso do processo.
No final da tarde, o presidente da Câmara pediu à Suprema Corte a extinção das três ações que suspenderam a validade do rito de impeachment. Cunha argumentou que, com a revogação das regras anunciadas no mês passado, a ação judicial perdeu o objeto.
“A Questão de Ordem nº 105/2015 restou revogada pela Presidência, em sua integralidade, acarretando, por consequência, a prejudicialidade do presente feito, em razão da perda superveniente do objeto”, escreveu o deputado no pedido ao STF.
Agora, caberá aos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber analisar a solicitação de arquivamento dos processos e revogação das liminares.
Por meio de sua assessoria, o advogado Flávio Caetano, que defende a presidente Dilma Rousseff em ações de cassação de mandato, afirmou que a revogação do rito de impeachment é uma “clara ação para burlar” a decisão do STF, que suspendeu a medida. Ele afirmou que Cunha reconheceu a ilegalidade de seu ato, mas permanece impedido de acolher os pedidos de impeachment.
“O STF decidiu que não mais fossem analisados os pedidos de impeachment que estavam na Câmara dos Deputados. Quando decidiu sobre a reclamação apresentada ao STF, a ministra Rosa Weber foi clara ao dizer que os efeitos se aplicam a todos os atos decorrentes dos pedidos já existentes. Ora, com a revogação, persiste a ilegalidade porque todos os pedidos tramitaram com base em uma questão de ordem considerada inconstitucional e ilegal, suspensa pelo STF e agora reconhecida pelo presidente da Câmara. Assim, todos os pedidos estão contaminados”, ressaltou Caetano por meio de sua assessoria.
saiba mais
Ação no Supremo
O PT entrou com uma ação no Supremo questionando a faculdade de Cunha de decidir sobre a tramitação do processo.
O partido alegou que eventuais lacunas na legislação sobre impeachment só poderiam ser supridas por outra lei e não por interpretação do presidente da Câmara.
Zavascki atendeu ao pedido de liminar do PT e determinou a suspensão  do rito de tramitação do impeachment até que o plenário do Supremo decidisse se as regras apontadas pelo presidente da Câmara seriam válidas. Outros pedidos de suspensão foram protocolados no STF, e Rosa Weber deu a mesma decisão que Zavascki.
Andamento de pedidos
Na prática, essas liminares poderiam travar o andamento de eventual processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff diante da indefinição sobre o rito de tramitação. Para evitar isso, Cunha decidiu, então, revogar as regras que ele estabeleceu e tentar derrubar, com isso, as liminares do STF.
De acordo com a Secretaria-Geral da Câmara, neste caso, eventual procedimento de impeachment deverá seguir as regras previstas na Constituição e no regimento interno.
Eventuais dúvidas serão resolvidas no curso do processo. Já existe, porém, um parâmetro que pode servir de modelo – o processo de impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor de Mello.
tópicos:
·         Câmara
·         Dilma Rousseff
·         Eduardo Cunha
·         Fernando Collor de Mello

·         Supremo Tribunal Federal
Patrão que cadastrar doméstico até o dia 6 evitará multa
Prazo termina amanhã, mas Receita não punirá atraso até próxima sexta; entenda.
SEXTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO
O que você precisa saber para começar o dia bem informado
G1 reúne os principais assuntos de hoje.
13 concursos que pagam mais de R$ 10 mil (Arte G1)
INSCRIÇÕES ABERTAS
13 concursos que pagam mais de R$ 10 mil
Salários chegam
a R$ 28,9 mil.
Policial admite erro em tiro que 
causou 2 mortes (Reprodução/TV Globo)
SEGURANÇA NO RIO
Policial admite erro em tiro que 
causou 2 mortes
PM confundiu macaco hidráulico com arma.

CÁRCERE PRIVADO
Sargento é preso por trancar mulher em casa
Vítima ficou detida
por três dias.
PROJETOS DE INOVAÇÃO
Empresas criticam MP que suspende incentivo a pesquisa
Com suspensão, pode acabar a Lei do Bem
Rombo nas contas pode ir a 
R$ 117,9 bi em 2015, diz relator
Valor inclui eventual fracasso em leilões, 
déficit do Orçamento e 'pedaladas fiscais'.

RETRAÇÃO DA ECONOMIA
PIB deve fechar 2015 e 2016 em queda, recuo inédito em 67 anos
Previsão foi feita pelo governo ao Congresso.
REUNIÃO EM BRASÍLIA
PT aprova resolução com críticas
à política econômica do governo
Partido quer taxação de ricos e juros menores

Nenhum comentário:

Postar um comentário