TRÊS MIL CATADORES DISPUTAM ESPAÇO NO MAIOR LIXÃO
DA AMÉRICA LATINA
Lixão
da Estrutural, no Distrito Federal, recebe 9 toneladas de lixo por dia.
Catadores de Gramacho, fechado em 2012, ainda tentam recomeçar a vida.
Catadores de Gramacho, fechado em 2012, ainda tentam recomeçar a vida.
Mesmo com o
encerramento do lixão de Gramacho, o Brasil continua tendo o maior depósito de
lixo da América Latina, graças ao da Estrutural. Lá, três mil catadores
disputam as nove mil toneladas de lixo, que chegam diariamente do Distrito Federal.
No último ano,
seis pessoas morreram atropeladas ou soterradas durante o trabalho no lixão. A
rotina é pesada e muitas crianças ajudam na coleta de material reciclável.
Hoje 60% dos
municípios brasileiros ainda têm lixões como o da Estrutural. “Nunca deveria
ter existido isso. Isso aqui é um erro por definição. Em 1981 já foi proibido
por lei, em 1998 virou crime ambiental e em 2014 só deveria existir aterro
sanitário, para receber rejeito”, explica Paulo Celso dos reis, diretor técnico
do serviço de limpeza urbana do Distrito Federal. “Rejeito” é todo lixo que não
pode ser reciclado.
O plano do
governo do Distrito federal é substituir o lixão por um aterro sanitário e
construir galpões de reciclagem até o fim de 2016. Hoje, somente 4% do lixo
produzido no Brasil vai para reciclagem.
Gramacho
Em 2012, o
Profissão Repórter esteve no Jardim Gramacho, em Duque de Caxias,
para acompanhar os últimos dias de funcionamento do maior lixão da América
Latina. Três anos depois, Gramacho tem um aterro sanitário e uma indústria de
biogás, mas a comunidade dos trabalhadores do lixão continua em situação
precária.
No Jardim Gramacho, onde moram 13.700 pessoas, as casas são de madeira e as ruas não têm asfalto. Os moradores não têm fornecimento de energia elétrica, água encanada nem rede de esgoto.
No Jardim Gramacho, onde moram 13.700 pessoas, as casas são de madeira e as ruas não têm asfalto. Os moradores não têm fornecimento de energia elétrica, água encanada nem rede de esgoto.
A prefeitura da
cidade está pedindo ao governo federal uma verba de R$ 150 milhões de reais para
revitalizar o Jardim Gramacho. O dinheiro seria usado para asfaltar ruas, fazer
creches, casas populares e acabar com os lixões clandestinos.
Cerca de 1.700
pessoas viviam como catadores no antigo lixão de Gramacho, hoje 200 estão
empregadas em cooperativas de reciclagem da região.
Segundo o
Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade – IETS, 60% dos moradores do
Jardim Gramacho estão abaixo da linha da pobreza. Isso significa menos de R$
154 por mês, para cada pessoa da família.
Com o
fechamento do lixão de Gramacho, muitos catadores sobrevivem do que encontram
em depósitos de lixo clandestinos. No Jardim Gramacho há vários deles.
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Fonte G1 Globo
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