A funcionária pública
Fátima Abreu, de 48 anos, já sabe o que irá fazer com o pagamento do décimo
terceiro salário.
Fátima acredita que
recebeu bem os ensinamentos da própria mãe em organizar a renda do mês e
pretende reservar uma parte do 13º para evitar dores de cabeça no futuro.
Casada e sem filhos, ela reforça para si os ensinamentos da mãe.
“Minha mãe sempre dizia
que se você tem 100 procure guardar pelo menos 50. E meu marido também é bem
regrado nos gastos e assim, conseguimos equilibrar o orçamento das contas do
mês, sem precisar mexer no 13º”, explicou.
Diferente dela, outras
pessoas aproveitam o 13º salário para quitar as dívidas ou para fazer
investimentos imediatos.
Outras ainda decidem
investir na educação dos filhos, com a compra de material escolar ou com o
pagamento de rematrícula. A aposentada Rosana Serrão, de 49 anos, contou que o
benefício extra não dá para suprir totalmente as dívidas.
“Com o décimo consigo
pagar uma parte das dívidas, e ainda assim restam algumas pendências”,
comentou. “O problema é que tudo aumenta na mesma medida do salário”, avaliou.
A reorganização do
consumo familiar em prol dos sonhos pessoais de cada membro da família são
prioridades para o método DSOP – diagnosticar; sonhar; ousar e poupar-,
aplicado pelo autor do best-seller Terapia Financeira, Reinaldo Domingos.
Os quatro pilares são
apresentados em três passos para que os resultados financeiros possam ser
alcançados pela família inteira a curto, médio e longo espaço de tempo.
“O primeiro passo a
seguir é sentar com a família e conversar sobre projetos de vida. O que a minha
família quer? Casa, carros, viagens... em seguida fazer um diagnóstico sobre a
destinação de cada centavo que se ganha. O segundo passo é saber quais são os
sonhos das pessoas da família. O terceiro passo é observar o orçamento
financeiro e, se tiver dívidas, será tirado dinheiro dos sonhos para se pagar
as dívidas; o quarto passo é poupar: guardar dinheiro para uma aplicação
confiável, que pode variar de acordo com os prazos referentes aos sonhos
empregados”, ensinou.
ENDIVIDADOS
ENDIVIDADOS
O estudioso, que possui
mais de 50 obras voltadas para a educação financeira, estima que pelo menos 50
milhões de brasileiros estejam endividados e aponta duas causas para esses
dados: facilidades do crédito e o crescimento da classe C.
“É preciso que o
brasileiro reduza os gastos para que eles sejam menores do que os ganhos.
Estima-se que a família
brasileira comprometa o orçamento com excessos de 20% a 30% todo mês”, frisou.
Os dados apresentados
pelo educador financeiro reflete a situação financeira do funcionário público
federal Luís Muinhos, de 60 anos. Ele compreende que o banco é responsável em
liquidar o dinheiro.
“O décimo já está todo
comprometido. Quando ele cai na conta vem o banco e toma parte dele, já que vem
em duas parcelas”, disse.
Mais de dois milhões de
paraenses devem receber o 13º salário, que vigora no país desde 1962.
Esse montante se
distribui em três grupos de beneficiários, que são: aposentados ou pensionista
correspondente a 40,3% do total de beneficiados e outras 1.160.339 pessoas
correspondentes a 57,9% referentes a ocupados no setor formal da economia
(público e privado), contribuintes da previdência.
Já os empregados
domésticos, com carteira assinada, abrangidos pelo 13º salário alcançam um
total de 36.494 pessoas correspondendo a 1,8% do total geral, segundo informou
estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese/PA).
(Diário do Pará)
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