Moeda
norte-americana recuou 2,63%, a R$ 3,1453 na venda
Em duas sessões, moeda acumula queda de 4,59%.
Em duas sessões, moeda acumula queda de 4,59%.
O dólar fechou em queda ante o real nesta
segunda-feira (23) pela segunda sessão consecutiva, no patamar de R$ 3,14,
diante da tranquilidade nos mercados internacionais, com investidores deixando
de lado, por ora, as turbulências políticas locais e se concentrando na
expectativa de liquidez abundante nos mercados financeiros globais.
A moeda norte-americana recuou 2,63%, a R$ 3,1453
na venda. Trata-se da maior queda diária desde 18 de setembro de 2013, quando a
divisa caiu 2,89% na sessão. Veja cotação
Nos dois últimos pregões, o dólar acumulou queda de
4,59%.
No mês, no entanto, ainda há alta acumulada de
10,13% e no ano, de 18,3%.
"O resumo é que o mercado está volátil, tanto
para baixo quanto para cima", disse à Reuters o gerente de câmbio da
corretora Treviso, Reginaldo Galhardo. "O investidor não sabe onde o dólar
vai se assentar, então quando vê um movimento mais acentuado, acompanha a
manada".
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Fatores externos e domésticos
Apostas de que o Federal Reserve não tenha pressa para elevar os juros nos Estados Unidos e a liquidez adicional com o programa de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE) têm gerado algum alívio no mercado brasileiro de câmbio nas últimas sessões, apesar das persistentes preocupações com a viabilidade do ajuste fiscal no país.
Apostas de que o Federal Reserve não tenha pressa para elevar os juros nos Estados Unidos e a liquidez adicional com o programa de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE) têm gerado algum alívio no mercado brasileiro de câmbio nas últimas sessões, apesar das persistentes preocupações com a viabilidade do ajuste fiscal no país.
Atritos entre o governo federal e o Congresso
Nacional vêm dificultando a implementação das medidas de reequilíbrio das
contas públicas prometidas pela equipe econômica liderada pelo ministro Joaquim
Levy.
O quadro de fundamentos macroeconômicos
deteriorados e expectativas de que o Banco Central brasileiro possivelmente não
estenda sua intervenção no mercado de câmbio somam-se aos ruídos.
Petrobras
A estrategista para a América Latina do Jefferies, Siobhan Morden, defendeu em relatório que boa parte das notícias negativas já estão embutidas na atual cotação do dólar, ressaltando que o câmbio pode ter mais uma onda de alívio se a Petrobras divulgar seu balanço auditado.
A estrategista para a América Latina do Jefferies, Siobhan Morden, defendeu em relatório que boa parte das notícias negativas já estão embutidas na atual cotação do dólar, ressaltando que o câmbio pode ter mais uma onda de alívio se a Petrobras divulgar seu balanço auditado.
Ela salientou, contudo, que o processo de ajuste
fiscal deve ser longo e arrastado, sustentando a volatilidade no mercado.
"Há dificuldades para avaliar o risco de
crédito durante o que parece ser um processo longo para restaurar a âncora
fiscal sem apoio parlamentar, com o persistente escândalo da Petrobras e a
iminente recessão econômica", disse ela. "Dito isso, os mercados já
descontaram cenários extremos".
Atuação do BC
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, divididos igualmente entre os vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de março de 2016.
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no câmbio, vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, divididos igualmente entre os vencimentos em 1º de dezembro de 2015 e 1º de março de 2016.
Os contratos colocados equivalem a uma posição
vendida em dólar e têm volume correspondente a US$ 97,7 milhões de dólares,
segundo a Reuters.
O
BC também vendeu a oferta integral no leilão de rolagem dos swaps que vencem em
1º de abril. Até agora, rolou cerca de 57% do lote total, que corresponde a US$
9,964 bilhões.
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