Segundo ele,
divulgação gera sanção administrativa para magistrado.
Ministro do STF deu entrevista ao programa 'Roda Viva', da TV Cultura.
FACEBOOKMinistro Marco
Aurélio Mello em sessão no STF
(Foto: Reprodução/TV Justiça)
(Foto: Reprodução/TV Justiça)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Marco Aurélio Mello afirmou nesta
segunda-feira (4), em entrevista ao programa "Roda Viva", da TV
Cultura, que a divulgação de conversas gravadas pela Polícia Federal é
"condenável".
Em 16 de março, foi divulgada conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a respeito do termo de posse do petista como ministro-chefe da Casa Civil. A gravação foi feita quase duas horasdepois de o juiz federal Sérgio Moro mandar a Polícia Federal suspender as interceptações telefônicas de Lula.
Em 16 de março, foi divulgada conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a respeito do termo de posse do petista como ministro-chefe da Casa Civil. A gravação foi feita quase duas horasdepois de o juiz federal Sérgio Moro mandar a Polícia Federal suspender as interceptações telefônicas de Lula.
Marco Aurélio não citou especificamente o caso de
Lula, mas respondeu a pergunta sobre a divulgação de conversas "gravadas
pela [operação] Lava Jato". "A divulgação é condenável a todos os títulos,
já que temos uma legislação que impõe sigilo, e houve divulgação do objeto da
interceptação telefônica. Agora, o conteúdo também é algo super desagradável,
para dizer o mínimo", afirmou.
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Em seguida, o ministro foi questionado se a
divulgação seria uma infração processual. "Cometida a divulgação pelo
cidadão comum é um crime, e há pena prevista para esse crime na própria lei de
regência. [Em caso de divulgação feita] por magistrados, por um juiz da causa,
evidentemente se tem aí um erro de procedimento, e que deságua em uma sanção no
campo administrativo", completou.
Apesar das declarações sobre a divulgação de conversas interceptadas, o magistrado afirmou que não havia feito críticas a Moro. "Eu não critiquei o colega Sérgio Moro. [...] Eu fiz foi uma colocação. Ou seja, houve uma divulgação frontalmente contrária à lei. A minha colocação é uma colocação científica", explicou.
Pedido de impeachment de Temer
Na entrevista, o ministro do Supremo também comentou a ação que contesta o arquivamento, em dezembro, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de uma denúncia contra Temer por suposto crime de responsabilidade.
Nesta sexta-feira (1º), o STF divulgou por equívoco, uma decisão "em elaboração" pelo ministro Marco Aurélio Mello referente ao acaso. No documento, o ministro determina à Câmara iniciar um processo de impeachment do vice-presidente da República Michel Temer. O documento é uma espécie de esboço e não tem validade, mas a previsão era que a decisão de Marco Aurélio Mello fosse tomada nesta segunda.
Apesar das declarações sobre a divulgação de conversas interceptadas, o magistrado afirmou que não havia feito críticas a Moro. "Eu não critiquei o colega Sérgio Moro. [...] Eu fiz foi uma colocação. Ou seja, houve uma divulgação frontalmente contrária à lei. A minha colocação é uma colocação científica", explicou.
Pedido de impeachment de Temer
Na entrevista, o ministro do Supremo também comentou a ação que contesta o arquivamento, em dezembro, pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de uma denúncia contra Temer por suposto crime de responsabilidade.
Nesta sexta-feira (1º), o STF divulgou por equívoco, uma decisão "em elaboração" pelo ministro Marco Aurélio Mello referente ao acaso. No documento, o ministro determina à Câmara iniciar um processo de impeachment do vice-presidente da República Michel Temer. O documento é uma espécie de esboço e não tem validade, mas a previsão era que a decisão de Marco Aurélio Mello fosse tomada nesta segunda.
"Inicialmente, houve um pequeno pecado do
gabinete, porque o pronunciamento ainda não estava formalizado, estava em
elaboração", afirmou o magistrado no "Roda Viva".
Após comentário de que Marco Aurélio "dá a
entender" que vai exigir acolhimento pela Câmara de pedido de impeachment
de Temer, o magistrado brinca: "Sou muito sugestionável, posso evoluir ou
involuir".
"Recebi hoje as informações. E aí se estabelece o contraditório. Eu vou levar em conta as informações do Eduardo Cunha [presidente da Câmara] e vou manter aquele entendimento primitivo", completou.
"Recebi hoje as informações. E aí se estabelece o contraditório. Eu vou levar em conta as informações do Eduardo Cunha [presidente da Câmara] e vou manter aquele entendimento primitivo", completou.
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