Na tentativa de
evitar traições, a presidente Dilma Rousseff determinou à sua equipe acertar
com PP, PR e PSD até o fim desta semana os novos postos que eles irão ocupar no
governo federal após a votação do impeachment no plenário da Câmara dos
Deputados.
Nesta
quarta-feira (6), a expectativa do Palácio do Planalto é que estes partidos
façam uma sinalização de apoio à gestão petista, o que servirá como senha para
a montagem final da nova equipe ministerial.
Sob pressão do
grupo governista do PMDB, a petista anunciou nesta terça (5) que não efetuará
qualquer mudança ministerial antes da votação do impeachment em plenário, cuja
expectativa é que ocorra em 17 de abril.
O adiamento,
apesar de garantir o apoio de setores peemedebistas contra o impeachment, é
avaliado como arriscado por assessores e auxiliares presidenciais, para os
quais ele pode estimular traições dentro do PP, PR e PSD.
Para evitar que
elas ocorram, a presidente quer deixar claro aos três partidos com antecedência
o que eles ganharão caso ela seja mantida no cargo.
Pelo esboço
definido nesta terça, a intenção é manter a oferta ao PP do Ministério da
Saúde. Barrado o impeachment, o argumento do Palácio é que o partido se tornará
o maior da base aliada e, por isso, deverá ocupar uma pasta de peso, já que o
PMDB rompeu com o governo.
A ideia é que o
deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) ocupe a pasta e o atual ministro da
Integração Nacional, Gilberto Occhi, seja deslocado para a presidência da Caixa
Econômica Federal. Em seu lugar, seria nomeado o deputado federal Cacá Leão
(PP-BA).
Nesta quarta,
deputados e senadores do PP vão se reunir para tomar uma decisão sobre se
aceitarão novos cargos no governo.
Sob influência de
Lula, Dilma voltou a cogitar entregar o Ministério da Agricultura para o PR, retirando
a ministra Kátia Abreu (PMDB) da pasta e a deslocando para outra função. Além
do Ministério dos Transportes, já chefiado pelo partido, a intenção é entregar
também a ele a vice-presidência do Banco do Brasil.
Em relação ao
PSD, a ideia é oferecer ou Aviação Civil ou Minas e Energia, duas pastas
ocupadas por ministros peemedebistas.
(Folhapress)
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