domingo, 8 de fevereiro de 2015

TRANSAMAZÔNICA SEGUE COMO NÓ PARA ALCANÇAR META



Enquanto as medidas estabelecidas pelo Estado não resolvem o problema em definitivo, as dificuldades de controlar o desmatamento ilegal ficam evidentes em algumas regiões. Emblemática tanto do ponto de vista dos conflitos pela terra quanto do histórico de derrubada da floresta ao longo dos anos, a região da Transamazônica, no centro-oeste do Pará, segue resistindo como um desafio à contenção dos desmatamentos no Pará.
Sinalizando que os dados mais recentes – e ainda não divulgados oficialmente – do desmatamento podem demonstrar aumento nas taxas do Pará, o engenheiro agrônomo e pesquisador sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Beto Veríssimo, afirma que a situação ao longo da rodovia exige atenção especial.
“É bom lembrar que os dados mais recentes (agosto a outubro de 2014) mostram que o desmatamento voltou a subir de maneira expressiva. É ainda cedo para cravar que a próxima taxa de desmatamento voltará a subir, mas a situação atual é preocupante. O desmatamento no Pará é mais crítico ao longo da BR-163 [Transamazônica]”, diz.
Para ver de perto esses entraves que ainda imperam no entorno da rodovia BR-163, o DIÁRIO visitou os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo e Medicilândia em novembro passado. Neles, constatou que basta se distanciar dos núcleos urbanos para que os descampados de terra surjam. Durante a viagem, possibilitada com apoio Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), em parceria com a Climate and Land Use Alliance (Clua), o DIÁRIO pode conhecer um pouco os gargalos, desafios e as oportunidades para que se consiga alcançar a meta de zerar o desmatamento no Pará até 2020. Esse será o foco da série especial de seis matérias que o DIÁRIO publica nas próximas semanas.
(Diário do Pará)