quarta-feira, 21 de outubro de 2015

HELDER NOMEIA EX-SENADOR DO PMDB PARA SECRETARIA DOS PORTOS

Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) conta com um novo secretário-executivo, o ex-senador Luiz Otávio Oliveira Campos (PMDB-PA), o Pepeca (foto).
O decreto com sua nomeação, assinado pela presidente Dilma Rousseff, foi publicado na edição da última quarta-feira(14) do Diário Oficial da União.
Executivo dos setores de transporte rodoviário e navegação, Campos, de 61 anos, atua na política desde 1992. Na década passada, passou a integrar o PMDB, sendo ligado ao político paraense Jader Barbalho, pai do novo ministro dos Portos, Helder Barbalho (PMDB).

A nomeação do novo secretário-executivo marca o início das alterações nos quadros da SEP, com a montagem da equipe do ministro Helder Barbalho (PMDB), que tomou posse no cargo no último dia 6. Também consolida o controle do partido sobre a pasta e o setor portuário.
A legenda é responsável pela SEP desde o início do Governo Dilma. Mas durante a gestão do ministro Edinho Araújo (PMDB–SP), que antecedeu Barbalho no posto, a secretaria-executiva era ocupada por um indicado do PT e da Casa Civil, Guilherme Penin Santos de Lima, que agora foi substituído por Campos.
A saída de Penin era esperada desde a posse do novo ministro. Logo após a cerimônia, na semana passada, em Brasília, o então secretário-executivo se reuniu com Barbalho para acertar sua saída.
No Porto de Santos, Penin atuava como presidente do Conselho de Administração (Consad) da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Na quarta-feira(14), em Brasília, era dado como certo que Campos também ocupará o posto.
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OPOSIÇÃO ENTREGA NOVO PEDIDO DE IMPEACHMENT DE DILMA

Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. chegaram a cogitar aditar pedido inicial.
Eles incluíram as chamadas 'pedaladas fiscais' do governo em 2015.
Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
Parlamentares da oposição entregaram nesta quarta-feira (21) ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O pedido foi elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, e Miguel Reale Junior, que não foram ao Congresso nesta terça. Inicialmente, a oposição planejava fazer um aditamento a um pedido já existente – que já tramita na Câmara e está pendente de análise de Cunha – para incluir as “pedaladas fiscais” do governo em 2015, como é chamada a prática de atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária.

Os deputados oposicionistas desistiram de fazem um aditamento ao pedido anterior porque a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o rito definido por Cunha para eventuais processos de impeachment não permite aditamentos a pedidos já em tramitação.
Parlamentares de oposição entregaram novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff para Eduardo Cunha (Foto: Fernanda Calgaro)
Segundo os oposicionistas, o novo pedido tem cópia de decretos presidenciais assinados por Dilma que, segundo eles, embasam a tese das pedaladas.
A estratégia é contornar o argumento do presidente da Casa, a quem cabe decidir pela abertura ou rejeição de um pedido, de que a presidente só pode ser responsabilizada por atos cometidos durante o seu mandato em vigência.
Ao receber o documento, Cunha disse que vai observar a legalidade ao analisar o pedido. "Acolho como tenho que acolher [...] Vamos processá-lo dentro da legalidade [...] Com total isenção", afirmou. Liminares (decisões provisórias) concedidas pelos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, suspendaram o rito de pedidos de impeachment proposto por Cunha.
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Na última quinta-feira (15), os juristas se reuniram em um cartório de São Paulo para assinar o novo pedido.

Na ocasião, Miguel Reale Jr. explicou que o novo pedido é uma "reordenação, acrescentando referência à decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que não havia ainda ocorrido". "Nos pediram para fazer um recorte e cola, e nós, com grande esforço intelectual, fizemos", afirmou Reale. "Não muda nada, os fatos estão aí, os fatos são graves."
Dilma
Nos últimos dias, Dilma vem se manifestando em discursos e entrevistas sobre os pedidos de impeachment. Na Suécia, onde cumpriu agenda oficial, ela foi questionada por uma jornalista sobre o risco de impeachment e afirmou não acreditar em "ruptura institucional".
"Sobre a questão política, te asseguro que o Brasil está em busca de uma estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional. Nós somos uma democracia e temos tanto um Legislativo, quanto um Executivo e um Judiciário independentes e que funcionam em autonomia e harmonia. Não acreditamos que haja nenhum risco de crise política mais acentuada", afirmou a presidente na ocasião.
Na semana passada, também ao comentar o tema, Dilma disse que a oposição tenta chegar ao poder por meio de "golpe" e busca "construir de forma artificial o impedimento de um governo eleito".
Oposição
Após a entrega a Cunha, os parlamentares deram declarações no Salão Verde da Câmara em que criticaram o atual governo e defenderam a saída de Dilma até o fim do ano.
Segundo líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), o novo pedido, com a inclusão dos decretos referentes a 2015, tem fundamento suficiente para ser aceito. “Estamos confiantes, porque esse novo pedido que o presidente Eduardo Cunha terá todos os elementos para deferir o pedido de impeachment”, disse Sampaio.
O líder do DEM, Mendonça Filho (PE), contou que a oposição conversou com Cunha sobre um cronograma para analisar o pedido. De acordo com ele, o peemedebista não deu prazo, mas sinalizou que não levará muito tempo para decidir. “Até novembro acredito que a gente vá ter notícias concretas com relação ao pedido protocolado”, afirmou.
O jurista Hélio Bicudo foi representado por uma de suas filhas, Maria Lúcia Bicudo. Em um breve discurso, ela defendeu que as ruas fossem ouvidas: “A praça pública é maior do que a urna”.
Os parlamentares fizeram a entrega acompanhados de representantes de movimentos sociais que pedem o afastamento de Dilma.
Decisão
Cabe ao presidente da Casa, Eduardo Cunha, analisar os pedidos de impeachment e decidir por acatar ou rejeitar. Se o pedido for acatado, deverá ser criada uma comissão especial responsável por elaborar um parecer a ser votado no plenário da Casa.

Para ser aprovado, o parecer dependerá do apoio de pelo menos dois terços dos 513 deputados (342 votos). Se os parlamentares decidirem pela abertura do processo de impeachment, Dilma será obrigada a se afastar do cargo por 180 dias, e o processo seguirá para julgamento do Senado.