sexta-feira, 22 de abril de 2016

PETIÇÃO QUE PEDE A CASSAÇÃO DE CUNHA PASSA DE 1 MILHÃO DE ASSINATURAS

Parte da população está empenhada pela cassação de Eduardo Cunha, ainda que não haja aparente empenho dos parlamentares em dar andamento ao processo — fala-se até em “anistia” ao presidente da Casa.

Mais de 1,2 milhão de pessoas já assinaram uma petição no Avaaz para a cassação do mandato de Cunha. O objetivo é conseguir 2 milhões de assinaturas e entregá-las ao Conselho de Ética da Câmara.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

'ENQUANTO ME DAVA CHOQUES, USTRA ME BATIA COM CIPÓ E GRITAVA', DIZ TORTURADO AOS 19 ANOS

 "Nesse dia de glória para o povo brasileiro tem um nome que entrará para a história nessa data, pela forma como conduziu os trabalhos nessa casa. Parabéns, presidente Eduardo Cunha. Perderam em 1964. Perderam agora em 2016. Pela família e pela inocência das crianças em sala de aula que o PT nunca teve, contra o comunismo, pela nossa liberdade, contra o Foro de São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff, pelo Exército de Caxias, pelas nossas Forças Armadas, por um Brasil acima de tudo e por Deus acima de todos, o meu voto é sim."
Foi assim que o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) justificou o voto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados no último domingo. As declarações geraram polêmica, especialmente pela referência ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna), órgão de repressão da ditadura. Ustra morreu aos 83 anos em setembro do ano passado.
A homenagem a um dos personagens mais controversos do regime militar foi alvo de críticas de milhares de brasileiros, que foram às redes sociais expressar choque e reprovação. Para um deles, no entanto, o elogio de Bolsonaro evocou memórias ruins.
Em 1972, Gilberto Natalini, hoje médico e vereador pelo PV-SP, tinha então 19 anos e foi torturado por Ustra. À época estudante de medicina, ele havia sido preso por agentes da ditadura que queriam informações sobre o paradeiro de uma amiga dele, envolvida na luta armada. Natalini negou-se a colaborar. A tortura consistia em choques elétricos diários, que, segundo ele, lhe causaram problemas auditivos irreversíveis.
"Bolsonaro não tem o direito de reverenciar a memória de Ustra. Ustra era um assassino, um monstro, que torturou a mim e a muitos outros", afirmou Natalini à BBC Brasil.
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Natalini conta ter sido vítima de tortura por cerca de dois meses na sede do DOI-Codi em São Paulo.
"Tiraram a minha roupa e me obrigaram a subir em duas latas. Conectaram fios ao meu corpo e me jogaram água com sal. Enquanto me dava choques, Ustra me batia com um cipó e gritava me pedindo informações", relembra.
"A tortura comprometeu minha audição. Mas as marcas que ela deixou não são só físicas, mas também psicológicas."
Natalini nega ter participado da luta armada contra a ditadura militar. Ele confirma ter feito oposição ao regime, mas diz que "sem violência".
"Sempre fui a favor da mobilização das consciências contra qualquer tirania. Nunca fui a favor de ações violentas. Acolhíamos perseguidos políticos, prestando atendimento médico quando necessário", diz ele, em alusão à Escola Paulista de Medicina (EPM), onde estudava.
"Mas todo mundo que se opunha ao governo militar era visto como terrorista", ressalva.

PT

Image copyrightReuters
Image captionPara Natalini, projeção evido "aos escândalos de corrupção protagonizados pelo PT"
Para Natalini, que foi preso "outras 16 vezes" pelo regime militar, Bolsonaro "não pode, como agente político, pregar o retorno da ditadura".
"E se ele o fizer, temos todo o direito de contestá-lo e colocá-lo em seu devido lugar. Bolsonaro não vai conseguir impingir ao Brasil sua ideologia doente, ultrapassada e fascista. O caso dele é com a Justiça", afirma ele.
Na visão de Natalini, a projeção nacional do deputado está ligada à desmoralização das esquerdas, devido "aos escândalos de corrupção protagonizados pelo PT".
"Os erros do PT permitiram que se criasse uma corrente de opinião contra à verdadeira esquerda, que nunca existiu no Brasil. A extrema direita, que estava adormecida, aproveitou-se desse vácuo. Bolsonaro é fruto dessa roubalheira", opina.
"Se nossa democracia tem defeitos, precisamos corrigi-la. Muito piores são os regimes militares, de esquerda ou de direita", acrescenta.
Apesar de criticar Bolsonaro, Natalini defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, não há "golpe".
"A Constituição brasileira prevê que o presidente pode sofrer impeachment se tiver cometido crimes de responsabilidade. Foi o que aconteceu com as chamadas pedaladas fiscais", diz.


Ustra

Image copyrightABr
Image captionUstra era um dos mais temidos militares nos anos de chumbo
Um dos mais temidos militares nos anos de chumbo, Ustra chefiou o DOI-Codi, órgão de repressão do 2º Exército em São Paulo. Ele foi apontado por dezenas de perseguidos políticos e familiares das vítimas como responsável por perseguição, tortura e morte de opositores.
Conhecido pelo apelido de "Doutor Tibiriçá", ele foi acusado pelo desaparecimento e morte de pelo menos 60 pessoas. Durante sua gestão, pelo menos 500 casos de tortura teriam sido cometidos nas dependências do DOI-Codi.
Único militar brasileiro declarado torturador pela Justiça, Ustra foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) pela morte do militante comunista Carlos Nicolau Danielli em dezembro de 1972. Mas não houve tempo para sua condenação. Ustra morreu em setembro do ano passado em Brasília. Ele sofria de câncer de próstata.

 

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segunda-feira, 18 de abril de 2016

ASSALTANTE DE BANCO MORRE EM TIROTEIO COM A POLICIA EM RURÒPOLIS NO OESTE DO PARA

 Os bandidos que assaltaram a agencia do Banco da Amazônia em Ruròpolis no Oeste do para, quatro deles morreram hoje em confronto com a policia,  

 no dia 11 deste mês segunda feira passada, a agencia do banco da Amazônia de Ruròpolis foi assaltada pelo um bando de bandidos fortemente armados, e fugiram deixando pra trás a destruição e levando terror a população,  fugiram na BR 163 em direção Itaituba e foram surpreendidos pela policia, desceram na transamazônica direção a cidade de Placas, outro pelotão já estava a sua espera, ficaram rodando nos bairros da cidade, o destacamento de policia militar  no comando do Major Alexandre no intuito de defender a integridade física dos civis não confrontou os bandidos nas áreas urbano, fechou todas as saídas permitido que os assaltantes entrasse no travessão da cachoeira. e então começou a perseguição implacável, tendo o apoio de diversas departamento especial da policia militar e civil. 

 na madrugada de terça feira ouve um confronto entre policias e os bandidos no Travessão da Cachoeira  os bandidos se retirarão deixaido uma espingarda calibre 12

 Na noite de Ontem Domingo (18) uma GU ao comando do CB Bahia,  que estava localizada na vicinal da Cachoeirinha trocou tiros com assaltantes que bateram em retirada para dentro da mata. Tiros de Fuzil contra a guarnição foram disparados. Já nessa manhã de Segunda feira  (19) novo confronto aconteceu e toda a tropa se deslocou para o local.

como se ver  morreram quatro assaltantes neste  confronto com a policia.
 Veja o povo de Ruròpolis em uma manifestação como se diz obrigado policial



CARDOZO: DILMA NÃO SE CURVARÁ E LUTARÁ ATÉ O FIM

Numa das primeiras reações públicas do governo após a Câmara autorizar a abertura do processo de impeachment, o advogado-geral da União José Eduardo Cardozo afirmou que a presidente Dilma Rousseff "não se curvará" e vai lutar até o 
fim por seu mandato.
Segundo Cardozo, a decisão dos deputados foi puramente política e não tem embasamento jurídico para caracterizar um crime de responsabilidade que justifique seu impedimento.
O Planalto avalia recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para questionar se há justa causa, ou seja, se as questões orçamentárias tratadas na denúncia podem configurar o crime. A acusação contra Dilma leva em conta as chamadas pedaladas fiscais e decretos que ampliaram os gastos federais em R$ 3 bilhões.
Cardozo disse que Dilma fará um pronunciamento nesta segunda (18) para se manifestar sobre o avanço do processo e sustentou que a presidente não tem apego ao cargo.
Ele afirmou que o desfecho do impeachment na Câmara foi recebido com "indignação e tristeza".
"A presidente não se abaterá e nem deixará de lutar. Ela não tem apego a cargos, mas apego a princípios. Ela dedicou sua vida à luta por certos princípios, esteve presa na ditadura e não se acovardou, não fugiu da luta e luta pela democracia. Se alguém imagina que ela vá se curvará, se engana", disse.
"Uma pessoa que luta por causas vai até o fim nessa luta para escrever na história que ela não se acovardou", completou o ministro, destacando que Dilma é uma mulher forte e que não está envolvida em corrupção.
Cardozo reforçou que, para o governo, há um golpe em andamento no país e chegou a comparar a decisão da Câmara neste domingo ao golpe militar de 1964.
O ministro criticou os debates feitos pelos deputados sobre o processo de impeachment argumentando que não foi dada a devida atenção a parte técnica do processo e atacou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Cardozo disse que a mão de Cunha esteve em todas as etapas do processo, mesmo sendo réu na Lava Jato, e agiu para acelerar a tramitação. "A presença de Eduardo Cunha nos traz a indignação, principalmente, porque ele ser juiz maior de um processo contra uma mulher honrada".
O chefe da AGU disse acreditar que o processo poderá ser revertido no Senado - mesmo a maioria dos senadores indicando que podem aprovar o afastamento. Para Cardozo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conduzirá a questão de forma ponderada.
"Não tenho a menor dúvida [de uma virada] porque a razão está do nosso lado", afirmou.
(Folhapress)
Leia também:

Prefeito, marido de deputada que votou pelo impeachment é preso pela PF

PREFEITO DE MONTES CLAROS É PRESO DURANTE OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL
Gestor usou de meios fraudulentos para beneficiar o hospital dele, diz PF.
Secretária de Saúde também foi alvo de mandado de prisão.

PF cumpre mandado de busca e apreensão na prefeitura (Foto: Délio Pinheiro/ Inter TV)
O prefeito de Montes Claros Ruy Adriano Borges Muniz (PSB) foi preso preventivamente pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (18), em Brasília (DF). Ele deve chegar à cidade ainda nesta segunda. A Justiça também expediu mandado de prisão contra a atual Secretária de Saúde do município, Ana Paula Nascimento. A operação "Máscara da Sanidade II - Sabotadores da Saúde" deve cumprir quatro mandados de busca e apreensão na prefeitura, secretaria de Saúde e na casa dos envolvidos.
Muniz é casado com a deputada federal Raquel Muniz (PSD) que votou neste domingo (17), a favor do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ela destacou a gestão do marido ao proferir o voto. " Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-­251. É para dizer que o Brasil tem jeito e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão".
Segundo as investigações, os acusados usaram de meios fraudulentos para tentar inviabilizar o funcionamento dos hospitais Universitário Clemente Faria, Santa Casa, Aroldo Tourinho e Dilson Godinho, em Montes Claros. Eles pretendiam favorecer o Hospital das Clínicas Mario Ribeiro da Silveira, que segundo a PF,  pertence ao prefeito, seus familiares e respectivo grupo econômico.
O prefeito e a Secretária de Saúde devem responder pelos crimes de falsidade ideológica majorada, dispensa indevida de licitação pública, estelionato majorado, prevaricação e peculato.
A assessoria de comunicação da prefeitura foi procurada, mas até o
momento o órgão não se posicionou.

Do G1 Grande Minas
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