segunda-feira, 18 de maio de 2015

MANIFESTANTES BLOQUEIAM ACESSOS AOS CANTEIROS DE OBRAS DE BELO MONTE

Agricultores bloqueiam acesso à UHE desde às 3h desta segunda-feira (18).
De acordo com a PRF, cerca de 650 pessoas participam do protesto.
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Manifestantes iniciaram bloqueio na madrugada. (Foto: Divulgação/CCBM)
Cerca de 650 agricultores e militantes ligados a movimentos rurais bloqueiam desde as 3h desta segunda-feira (18) a BR-230, conhecida como Transamazônica, nos acessos aos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu, no sudeste do Pará. O protesto faz parte do movimento nacional "Grito da Terra Brasil", organizado por entidades do país inteiro. A Norte Energia, empresa responsável pela implantação da usina, disse que a pauta não está vinculada ao empreendimento e o protesto é para chamar a atenção das autoridades. A empresa informou ainda que não se envolverá  em negociações que estão fora do seu trabalho. Até as 17h30, o trecho ainda seguia bloqueado.
Tendas foram armadas e os agricultores estão distribuídos no km 27, bloqueando o acesso ao Sítio Canais e Diques e Pimental; km 40 que leva ao Sítio Belo Monte; e km 55 por onde se chega também ao Sítio Pimental e à vila residencial, onde moram 7.200 pessoas. De acordo com o Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pela construção civil da usina, as obras estão parcialmente paradas e apenas os operários que moram nos alojamentos do interior dos canteiros estão trabalhando. Os cerca de 6 mil trabalhadores que moram em Altamira e outros 600 que moram na vila residencial foram dispensados, já que não têm como sair do local.
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O protesto é realizado por integrantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e da Fundação Viver, Produzir e Preservar. De acordo com João Batista, um dos líderes do movimento, os agricultores têm uma extensa pauta de reivindicações para municípios da região da Transamazônica, que passam por reforma agrária, transportes, educação e segurança pública. Eles também protestam contra os cortes no orçamento promovidos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
"Somos um movimento regional, que envolve 12 municípios, e queremos que o governo trate a Transamazônica como priorideade. Entre os principais pontos, pedimos a liberação da licença indígena dos trechos de Medicilândia até Uruará, e de Novo Repartimento até Itupiranga, para a continuação das obras. Se isso não ocorrer, vamos perder a produção de um verão inteiro, sem ter como escoar. Estamos preparados, com alimentação e só vamos sair depois de alguma negociação. Ficaremos o tempo que for necessário", disse João Batista.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na tarde do domingo (17) o grupo já havia bloqueado a entrada do km 27, da BR-230, impedindo o acesso ao Sítio Pimental.
Dominik GiustiDo G1 PA
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JUSTIÇA ACEITA DENÚNCIAS CONTRA QUATRO EX-DEPUTADOS NA LAVA JATO

André Vargas, Luiz Argôlo, Pedro Corrêa e Aline Corrêa viraram réus.
Eles são os primeiros ex-parlamentares a responder na Justiça Federal.
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Ex-deputados viraram réus na Operação Lava Jato
(Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados,
Geraldo Bubniak/AGB/Estadão Conteúdo e David
Ribeiro/Câmara dos Deputados)
A Justiça Federal aceitou as denúncias contra quatro ex-deputados federais acusados de envolvimento em esquemas de corrupção investigados pela Operação Lava Jato. André Vargas, Pedro Corrêa, Aline Corrêa, e Luiz Argôlo foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) e são os primeiros ex-parlamentares réus em processos derivados da operação.
Dos quatro, apenas Aline Corrêa, que é filha de Pedro Corrêa, não está presa na Superintendência da Polícia Federal emCuritiba. Além deles, os outros nove denunciados pelo MPF na quinta-feira (14) também tiveram as denúncias aceitas, e passam a ser réus, dentre eles o doleiro Alberto Youssef.
Veja os acusados e os crimes pelos quais eles respondem:
- Núcleo André Vargas
André Luiz Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Leon Dênis Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Milton Vargas Ilário - Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
Ricardo Hoffmann – Corrupção, Lavagem de dinheiro, Organização Criminosa.
-Núcleo Pedro Corrêa
Pedro Corrêa - Corrupção passiva, Lavagem de dinheiro, Peculato.
Ivan Vernon - Lavagem de dinheiro, Peculato.
Márcia Danzi - Lavagem de dinheiro.
Aline Corrêa - Peculato.
Alberto Youssef - Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Lavagem de dinheiro.
Fábio Corrêa - Lavagem de dinheiro.
- Núcleo Luiz Argôlo
Luiz Argôlo – Corrupção, Lavagem de dinheiro, peculato.
Alberto Youssef – Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Rafael Ângulo Lopez - Corrupção, Lavagem de dinheiro.
Carlos Alberto Costa - Corrupção, Lavagem de dinheiro.

Veja vídeo
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Pedro e Aline Corrêa
Segundo o MPF, Pedro Correa era responsável, como liderança do Partido Progressista, pelo repasse geral de propinas ao partido, tendo recebido diretamente R$ 40,7 milhões em propina do esquema entre 2004 a 2014. Ele responde por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
“Pedro Corrêa era um dos responsáveis pela distribuição interna do PP e recebeu valores específicos em benefício próprio”, afirmou o procurador Deltan Dallagnol, do MPF.
Também responde por peculato neste processo a filha de Pedro Corrêa, Aline Corrêa, pela nomeação ao cargo de secretária parlamentar na Câmara Federal de uma funcionária que não prestava serviços, entre 2003 e 2012. O salário dela, conforme o MPF era desviado em benefício dos responsáveis pela nomeação - antes de chegar ao gabinete de Aline, ela foi nomeada no de Pedro Corrêa.
A funcionária era empregada doméstica de Ivan Vernon, que também responde por peculato e lavagem de dinheiro. O mesmo esquema ocorreu com pelo menos mais uma secretária parlamentar do gabinete de Aline Corrêa, entre os anos de 2012 e 2015, segundo os procuradores. A pedido do MPF, os procedimentos contra as funcionárias fantasmas foram arquivados por falta de provas de que elas sabiam do esquema.
Na mesma ação, Alberto Youssef e Rafael Ângulo Lopez respondem por lavagem de dinheiro, assim como Márcia Danzi e Fábio Correa.
Em contrapartida, o juiz Sergio Moro rejeitou a denúncia de crime de organização criminosa contra Márcia Danzi, Fábio Corrêa e Ivan Vernon. "Considerando a participação deles acessória na lavagem de dinheiro, não reputo presente elementos probatórios suficientes que indiquem que teriam se associado ao grupo criminoso que vitimou a Petrobras", justificou.
No despacho, Moro ainda designou a primeira audiência para ouvir testemunhas de acusação no dia 23 de junho. Devem ser intimados Paulo Roberto Costa, Meire Bonfim da Silva Pozza, Leonardo Meirelles, Ediel Viana da Silva e Carlos Alberto Pereira da Costa.
Luiz Argôlo
Conforme o MPF, Luiz Argôlo criou uma relação com o doleiro Alberto Youssef diferente dos demais parlamentares envolvidos. "Ele criou relação de sociedade com Youssef. Então, muitas vezes, Alberto repassava dinheiro diretamente para o Argôlo", afirmou o procurador Paulo Galvão. Conforme o procurador, Youssef tinha interesse especial na carreira do então deputado, tendo repassado propina a ele em pelo menos dez ocasiões.
Foram encontrados registros de 78 visitas de Argôlo aos escritórios de Youssef. Com o cruzamento das passagens aéreas, o MPF sustenta que em 40 oportunidades essas viagens aconteceram com recursos da Câmara Federal. "O valor gasto nessas passagens é de R$ 55.192,43", explicou Galvão.
Para comprovar a denúncia, Moro solicitou a expedição de ofício ao presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, com pedido de informações e cópias sobre requisições de passagens aéreas ou de reembolso de despesas com viagens áreas formuladas por Argôlo entre 2010 e 2014.
André Vargas
No caso do ex-parlamentar do PT, os procuradores sustentam que a corrupção aconteceu em contratos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde, e ocorriam através da agência de publicidade Borghi Lowe e da empresa Labogen.
"Em relação ao Ministério da Saúde, nós temos evidências de que o Vargas conseguiu um termo de parceria entre o ministério e a Labogen. Já quanto à Caixa, várias ligações para um diretor da Caixa foram feitas pelo celular do próprio Vargas", afirmou o procurado Deltan Dallagnol.

Fernando CastroDo G1 PR
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