segunda-feira, 4 de maio de 2015

A MULHER QUE NÃO SENTE DOR - E QUE PEGOU NO SONO QUANDO DAVA À LUZ


O maior desejo de Marisa de Toledo, que sofre de analgesia congênita, rara condição que afeta menos de 50 pessoas no mundo, é poder sentir dor; conheça sua história.

Marisa de Toledo, de 27 anos, tem as mãos cobertas de cicatrizes e bolhas. No primeiro parto, uma cesariana, ela não precisou de anestesia e, durante o nascimento do segundo de seus três filhos, ela pegou no sono.
A paulista de Angatuba também já teve que amputar um dedo do pé e até já perdeu o sentido do paladar pois queimou a língua várias vezes. Marisa sofre de um problema raro: a insensibilidade congênita à dor, ou analgesia congênita.
Acredita-se que o problema afete menos de 50 pessoas no mundo todo. À primeira vista, não sentir dor pode parecer um benefício, mas a doença pode colocar a vida da pessoa em risco.
Marisa contou à BBC que a mãe dela foi a primeira a notar que havia algo de diferente com a filha. "Eu caí, bati minha cabeça... Uma vez cortei minhas costas, mas nem chorei. Mas minha mãe nunca me levou no médico. Só depois que ela morreu que fui ao médico."
"Quebrei meu tornozelo quando tinha sete anos e foi aí que o médico me falou que eu não sentia dor. Eu estava andando normal. Meu tornozelo estava inchado, mas eu andei o dia inteiro", afirmou.
A doença de Marisa ainda não é totalmente compreendida e ela teve que sair da pequena cidade de Angatuba para fazer uma série de exames no Hospital das Clínicas, em São Paulo, conduzidos por pesquisadores.
Marisa ainda tem o sentido do tato, mas o cérebro não consegue transmitir os sinais de perigo. "Ainda não entendo nada disso. Eu não sinto dor, e isto não é normal, não é? Se você sai por aí se machucando, quebrando ossos e não sente dor..."
"Meu cérebro não manda os sinais, é o que o médico falou. Uma vez eles até fizeram um exame tirando um nervo da perna para ver o que era", disse. "Sinto quando está quente lá fora. Mas não sinto o fogo e água quente no chuveiro, essas coisas", acrescentou.
Marisa afirmou que consegue sentir coisas frias, mas não sente o que é quente. "Uma vez, quando eu tinha uns dez anos, eu estava no sítio e sentei em frente ao fogão à lenha porque estava frio. Sentei de costas para o fogão e minhas costas ficaram cheias de bolhas, queimou."
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Família
O irmão de Marisa, Reinaldo, de 33 anos, também sofre da mesma doença, mas os outros dois irmãos são normais. Reinaldo lembra o quanto se divertia quando era criança, subindo em árvores e caindo em seguida sem sentir dor. Outra "proeza" era batucar em uma chapa quente, de brincadeira. Ele é conhecido pelo apelido "carne morta".
Mas, nem tudo se resume a brincadeiras de infância. Reinaldo teve uma perna amputada devido a uma infecção que só foi diagnosticada quando era tarde demais.
Ele hoje vive com a irmã, Marisa, o marido dela, Givanildo Aparecido de Toledo, 38 anos, e os três filhos dela, Raiane, nove anos, Noemi, sete e Matheus, de três anos.
O problema de Marisa e Reinaldo é genético, mas os três filhos dela não foram afetados.
Preconceito
O marido de Marisa, Givanildo, afirmou que, quando se casou, não sabia da doença da esposa. "No começo, até no primeiro dia do casamento... tivemos a cerimônia e voltamos para casa. Marisa estava cozinhando assim, na panela. Ela não achou o pano de prato e pegou a frigideira com a mão (sem proteção)."
"Eu corri e coloquei a mão dela na pia, debaixo da água fria... A marca do cabo da panela tinha queimado fundo na pele da mão e eu falei 'Nossa, nunca vi uma coisa destas!'... A pele estava grudada na panela", contou.
Passado o primeiro susto, Givanildo notou que a mulher ainda tinha que enfrentar mais um obstáculo: o preconceito.
"Tem muito preconceito, um desprezo por causa do problema dela. Mas eu falei: 'Não, vamos ficar ficar juntos, isto é o que Deus preparou para nós'... Uma ajuda o outro e tocamos nossas vidas. Somos pobres e humildes, mas somos felizes, alegres, vivemos contentes do jeito que nascemos", afirmou.
Ouvi a enfermeira gritando 'acorda! acorda!'. Pensei 'o que está acontecendo?' e o médico falou 'sua filha está nascendo'. Eu nem senti ela saindo, nada. Eu fiz um esforço, mas quem fez a força foi ela"
Marisa de Toledo, paciente que não sente dor
Um ano depois do casamento, Marisa ficou grávida de Raiane apesar dos médicos terem alertado que ela não poderia ter filhos por causa da analgesia congênita.
Ela teve que ir até São Paulo para o nascimento, pois os médicos de Angatuba não queriam fazer o parto. "Foi uma cesariana, mas eu nem tomei anestesia", disse Marisa.
"O médico falou 'vou tentar cortar assim mesmo'. Então minha primeira filha nasceu assim, sem anestesia. O médico disse que foi como cortar um porco, eu não sentia nenhuma dor."
No nascimento da segunda filha, Marisa não teve tempo de ir até São Paulo. "(Para) Minha segunda filha... minha bolsa estourou e fui ao hospital daqui, mas o médico não quis fazer o parto. Eles me mandaram para Sorocaba (a duas horas de viagem). Quando cheguei, estava cansada e dormi", disse.
Uma enfermeira teve que gritar para acordar Marisa durante o parto. "Quando eu dormi, acho que esqueci que tinha minha filha na barriga. E a enfermeira gritou 'sua filha está nascendo, olha aqui!'. Metade dela já estava para fora, a cabeça e os ombros. Eu só fiz uma força para o resto dela sair."
"Ouvi a enfermeira gritando 'acorda! acorda!'. Pensei 'o que está acontecendo?' e o médico falou 'sua filha está nascendo'. Eu nem senti ela saindo, nada. Eu fiz um esforço, mas quem fez a força foi ela", acrescentou
Marisa sofre de um problema raro: a insensibilidade congênita à dor, ou analgesia congênita. Acredita-se que menos de 50 pessoas no mundo todo sofra disso. À primeira vista, não sentir dor pode parecer um benefício, mas a doença pode colocar a vida da pessoa em risco
Raridade
Marisa diz que não consegue entender ideias como agonia e sofrimento, comuns para quem sente dores. Mesmo assim, o maior desejo dela é sentir dor. "Eu falo para as pessoas 'como pode doer tanto', como em um parto. Para mim, eu fico imaginando como é a dor. Um dia queria ter dor, mas acho que nunca vou ter porque desde criança eu não tenho."
"Quero sentir dor. Quando você sente dor, você corre para o médico. Quando você se corta, ou outra coisa, mas eu não sinto isso. Então (o corte) fica inflamado. Minha perna está fora do lugar, se eu tivesse dor, eu nem estaria andando", afirmou.
Steven Pete, que também sofre com a doença e criou o website "The Facts of Painless People" ('Os Fatos sobre as Pessoas sem Dor', em tradução livre), mora no Estado americano de Washington. Ele afirma que a analgesia congênita é uma das doenças mais raras do mundo. "Existem apenas cerca de 40 ou 50 pessoas que têm insensibilidade congênita à dor."
Pete acha que Marisa precisa de mais cuidados médicos. "Marisa está em uma região onde é difícil para ela ter o cuidado médico que precisa e merece. Ela precisa ir ao médico com a maior frequência possível, mesmo se eles (os médicos) não entenderem (a doença). É importante para ela saber o que está acontecendo dentro de seu corpo o tempo todo", disse.
"O aspecto da saúde mental também é importante. Você precisa tentar ser positivo na vida o máximo que puder, mesmo se tiver que fingir", acrescentou.
Marisa tenta fazer exatamente isto: levantando cedo para ir pescar no rio Paranapanema, que passa nos fundos de sua casa.

"Adoro pescar. Mesmo sem pegar nada, é gostoso. Passa a hora, passa o tempo, nem noto. Fico até tarde. A gente esquece os problemas."
Fonte. G1portal de noticias da Globo

CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA GRIPE COMEÇOU HOJE SEGUNDA

Ministério da Saúde vai distribuir 54 milhões de doses este ano.
Brasil quer imunizar 49 milhões contra a gripe até o dia 22 de maio.

Começa nesta segunda-feira (4) a campanha nacional de vacinação contra a gripe, com a distribuição de 54 milhões de doses para os chamados “grupos prioritários”. Segundo o Ministério da Saúde, foram investidos R$ 487 milhões na ação, que segue até 22 de maio.
Fazem parte do grupo vulnerável as crianças de 6 meses a menores de 5 anos, doentes crônicos, idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, presos e funcionários do sistema prisional, além da população indígena.
A meta deste ano é imunizar 49 milhões de pessoas. Em 2014, 44,3 milhões receberam a vacina, o equivalente a 86,7% do total previsto pelo ministério.
A dose, via injeção, protege contra os subtipos do vírus influenza: H1N1, H3N2 e B. O dia “D” da campanha, dia nacional de mobilização, será em 9 de maio.
Em 2015 não houve a inclusão de um novo grupo prioritário. No entanto, Carla Domingues, coordenadora do programa nacional de imunização, disse que é preciso fortalecer a participação das gestantes, que têm maior risco de complicação caso contraiam a gripe. Segundo ela, com a vacinação da grávida, ocorre a imunização passiva do bebê, que passa a ser protegido até os seis meses de idade, quando a criança receberá a dose.
De acordo com o governo, 1.794 pessoas foram internadas no ano passado em decorrência de complicações da gripe e 326 morreram. A cepa H1N1 foi a que provocou o maior número de óbitos (163), seguido do H3N2 (105).

De acordo com o ministério, o medicamento é contraindicado a pessoas com histórico de reação anafilática em doses anteriores e a quem tem algum tipo de alergia grave à proteína do ovo, uma vez que a dose é produzida em embriões de galinha.

POLICIA PRENDE QUATRO ENVOLVIDOS NO ASSALTO DO BANCO POSTAL E POSTO PLANALTO DE NOVO PROGRESSO.

Foi preso no último sábado (02/05) no distrito de Castelo de Sonhos, distante 150 quilômetros da cidade de Novo Progresso, quatro homens, dois deles procurado por envolvimento no assalto no Posto Planalto e no banco postal dentro da Loja Palácio das Noivas e os outros dois suspeitos de envolvimento, mais ainda sobre investigação.
A Policia de posse das fotos e informações colhidas nos depoimentos dos menores presos por envolvimento nos assaltos ,chegou até Paulo Rogério Pereira e Daniel da Silva Teixeira, procurados pela policia e acusados de envolvimento nos assaltos do Posto Planalto e Loja Palácio das Noivas em Novo Progresso. Foram presos também Manoel Edilson Dias de Sousa e outro menor de idade que estão sendo investigados pelo envolvimento nos mesmos assaltos.
Junto com eles foi apreendida uma motocicleta Honda Bros da cor preta, que pertence a um PM do estado do Mato Grosso, a mesma teria sido roubada daquele estado a dois meses atrás.

Os dois menores que estavam presos na Delegacia de Policia acusados de participar dos assaltos já foram transferidos para Fundação Casa no município de Santarém.
Fonte. Folha do Progresso 

NOME DE PRINCESA BRITÂNICA É HOMENAGEM AOS AVÓS

O príncipe William e a duquesa Kate anunciaram nesta segunda-feira (04) o nome de sua filha, nascida no final de semana. A nova princesa de Cambridge se chamará Charlotte Elizabeth Diana, a quarta na linha de sucessão do trono britânico. Este é o segundo bebê do casal, sendo a primeira menina.
O nome foi escolhido para homenagear a avó da criança, a princesa Diana, mãe de William, a bisavó, a rainha Elizabeth II, e a tataravó, mãe da rainha, também Elizabeth.
O nome escolhido seria ainda uma homenagem para o avô paterno da criança, o príncipe Charles, já que o nome Charlotte seria a versão feminina do nome.
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Fonte DOL