quinta-feira, 20 de outubro de 2016

POLÍCIA CIVIL PRENDE ACUSADOS DE AUTORIA DA MORTE DE COMERCIANTE EM RURÓPOLIS
Policiais civis de Rurópolis e de Placas, no sudoeste do Pará, com apoio da Superintendência da Regional do Tapajós, prenderam ontem, em cumprimento a mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça, Gilmar da Silva e Marcos Henrique Oliveira da Silva, acusados de envolvimento na morte da comerciante Evanilda Rodrigues da Silva. A vítima foi morta no último dia 15, no bairro Centro, em Rurópolis, mesmo município onde ocorreram as prisões. As investigações apontaram que Evanilda Silva era ex-companheira de Gilmar e que o crime teria sido motivado por interesses pessoais e patrimoniais do acusado.
Segundo o delegado Ariosnaldo Vital Filho, titular da Delegacia de Rurópolis e responsável pelas investigações, a vítima era dona de uma padaria e planejava vender o comércio para dividir o valor da venda com o ex-companheiro. Em depoimento, Gilmar da Silva negou o crime, porém testemunhas afirmaram que ele possuía um relacionamento conturbado com a vítima. O outro acusado, Marcos Henrique de Oliveira, é apontado como a pessoa que teria cedido a Gilmar a faca utilizada no crime.

Ao ser preso, Marcos foi flagrado com uma motocicleta que pertence a Gilmar Silva e que foi usada para fugir após o crime. A vítima foi morta a facadas. Os presos ficaram de ser transferidos ao presídio do Centro Regional de Recuperação de Itaituba para ficar recolhidos à disposição da justiça. As investigações irão prosseguir para esclarecer os fatos. A operação foi coordenada pelos delegados Ariosnaldo Vital Filho e Vicente Gomes, superintendente da Polícia Civil na região do Tapajós.
plantão de policial civil.

ZENALDO COUTINHO, PREFEITO DE BELÉM

O tucano tem 3 dias para recorrer da decisão. Ele é acusado de infringir a legislação eleitoral

O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará cassou hoje, 19, a candidatura à reeleição do atual prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, do PSDB.
O juiz eleitoral Antônio Cláudio Cruz julgou procedente a acusação da campanha do adversário do tucano, deputado federal Edmilson Rodrigues, do PSOL, de que o prefeito belenense infringiu a lei que proíbe a publicidade institucional dos órgãos públicos três meses antes do pleito.
Ainda cabe recurso na decisão. Zenaldo tem três dias para recorrer.
No primeiro turno, Zenaldo ficou em primeiro lugar, com 31,02% dos votos da capital paraense, contra 29,5% de Edmilson Rodrigues.

LAVA JATO SUSPEITA QUE PATRIMÔNIO DE CUNHA SEJA 53 VEZES MAIOR QUE DECLARADO

·         Condomínio Park Palace, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, onde o ex-deputado federal Eduardo Cunha tem casa
Ao listar os indícios de que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teria dedicado toda sua vida pública a "obter vantagens indevidas com a finalidade de possibilitar uma vida de gastos vultuosos" para si e sua família, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba aponta que o peemedebista pode ter um patrimônio até 53 vezes maior do que o declarado e que também pode ter outras contas ainda não descobertas nos Estados Unidos.
As suspeitas dos procuradores da República se baseiam nas informações obtidas por meio da cooperação internacional com o Ministério Público da Suíça, que identificou quatro contas, sendo três vinculadas ao peemedebista e uma a sua mulher Cláudia Cruz, que já renderam denúncias na Lava Jato.
No documento de abertura de uma destas contas, a Triumph, no Banco Suíço Julius Baer, em 2007, o peemedebista declarou possuir um patrimônio de US$ 20 milhões.
Naquele mesmo ano, o patrimônio do peemedebista declarado ao Imposto de Renda foi de R$ 1,2 milhão.
Em 2008, Cunha abriu outra conta, a Orion SP, no Banco Merril Lynch na Suíça (atual Julius Baer) e a própria instituição financeira avaliou seu patrimônio em US$ 16 milhões "proveniente de investimento no mercado imobiliário e na bolsa de valores". Naquela ocasião, o ex-parlamentar declarou que o patrimônio seria de US$ 11 milhões.
Além das disparidades em relação ao patrimônio de Cunha, a documentação das contas estrangeiras também levantou suspeitas da Lava Jato sobre a possibilidade de novas contas do peemedebista no exterior ainda não reveladas. No mesmo documento de abertura da conta Orion, a gerente do Merril Lynch na época afirmou que o ex-deputado possuía outra conta na instituição financeira em Nova York.
"Ademais, há informação da gerente da conta de que o conhece (Eduardo Cunha) há 6 anos, de que é cliente do Merril Lynch por 20 anos, bem como também proprietário das contas Orion, Triunph, Netherton e Kopek (todas estas já identificadas na Lava Jato)", assinalam os procuradores da República.
Para a força-tarefa, as informações reforçam ainda mais as suspeitas sobre a existência de um alentado patrimônio ainda oculto do peemedebista, considerando que, até agora, só teria sido bloqueado o valor de cerca de US$ 3 milhões em uma das contas do deputado cassado no exterior.

"As demais contas suíças foram fechadas pelo ex-deputado federal, sendo que permanece oculto um patrimônio de aproximadamente USD 13 milhões. Também não se tem conhecimento da localização das possíveis contas existentes em nome de Eduardo Cunha nos Estados Unidos, constando dos documentos suíços que a conta no Merril Lynch em Nova Iorque teria sido fechada no ano de 2008", segue a força-tarefa.