segunda-feira, 4 de agosto de 2014


DINHEIRO PÚBLICO JOGADO NO MATO. CAMINHÃO FRIGORIFICO FOI ABANDONADO PELA PREFEITURA.
Nossa reportagem registrou o descaso ocorrido aqui em Itaituba, em mais um empreendimento transformado num elefante branco na atual gestão da prefeita Eliene Nunes.  
O Brasil tem a má fama de ser um País onde o respeito à coisa pública é zero. Seja uma ponte inacabada e abandonada sem qualquer explicação, seja um metrô que cai numa grande metrópole, ou seja, um caminhão frigorífico abandonado no meio do mato que poderia estar sendo de grande utilidade para a população. E o pior sem que ninguém responda por isso pelo já conhecido jogo de empurra – empurra. Nossa reportagem registrou o descaso ocorrido aqui em Itaituba, em mais um empreendimento transformando num elefante branco na atual gestão da prefeita Eliene Nunes.
O presidente da Colônia Z-56, de prenome Francisco, mais conhecido por Tucuruí, lava as mãos e diz que a responsabilidade total é da Prefeitura, que teria abandoando o patrimônio público avaliado em mais de duzentos mil reais. Ele garante que tentou de todo jeito executar o projeto, mas a Prefeitura não cumpriu o que estava estabelecido pelo convênio e por isso não tem nada a ver mais com o que considera descaso.
Porém, o que mais se torna risível nesse episódio é que o caminhão que veio todo equipado para Itaituba, estimado em duzentos e cinqüenta mil reais, está dentro de um importante projeto que visava combater a ação do atravessador que compra o peixe e repassa por valor elevado ao consumidor. O caminhão, que era uma parceria com a Prefeitura de Itaituba e Colônia Z-56, era para venderem peixe nos bairros da cidade a preço baixo diretamente aos consumidores, pelos próprios pescadores. Só que o projeto firmado em convênio entre a Prefeitura de Itaituba, Colônia Z-56 e o Ministério da Pesca e Aqüicultura foi pro brejo, aliás, pro mato, com o abandono do vínculo que está se deteriorando com a ação do tempo.
O convênio foi firmado na gestão do ex-prefeito Valmir Clímaco, no dia 27 de julho de 2012 e nele a Prefeitura teria que ceder motorista e os vendedores teriam que ser associados à Coloniza de Pesca Z-56, como uma maneira de eliminar a figura do atravessador na venda de pescados na região. Na época, o superintendente do Pará do Ministério da Pesca e aqüicultura era Carlos Alberto Silva. Além da Prefeitura como entidade responsável pelo caminhão faziam parte do convênio como parceiros o SEBRAE, a Associação dos Feirantes e Pequenos Produtores de Itaituba, a Sagri e a Semagra. Um dos itens do convênio exigia que o caminhão fosse utilizado de imediato, e tratando de um veiculo zero Kilômetro da marca da IVECO e já todo equipado com refrigeração e demais itens técnicos para a viabilidade do projeto.
Sistema de refrigeração do caminhão está completamente danificado
Quanto ao fato do caminhão estar abandonado em uma loja de refrigeração da cidade esperando uma ação da Prefeitura, o presidente da Colônia de Pescadores Z-56 afiança que o caminhão foi repassado à atual gestão da prefeita Eliene Nunes funcionando e que a Colônia não tem nenhuma responsabilidade sobre o mesmo, haja vista que o convênio foi celebrado com a Prefeitura e a Colônia iria ser apenas parceira na comercialização dos peixes. Inclusive disse que já comunicou o fato ao Ministério da Pesca esperando que haja uma solução para esse caso, já que quem tem que prestar conta do convênio é a Prefeitura de Itaituba.
O que mais deixa indignação em quem vê um patrimônio público sendo destruído pela ação do tempo, o que também consideram omissão das demais entidades que entraram juntos no convênio já que o caso deveria ter sido denunciado ao Ministério Público para que o responsável ou responsáveis fossem punidos, porque enquanto um caminhão Zero Quilômetro todo equipado não está tendo serventia, o estado do Mato Grosso está mandando para Itaituba caminhões frigoríficos iguais ao que está jogado dentro do mato, vendendo peixe ao preço de 7 reais, enquanto que aqui os mesmos peixes são vendidos a 12 e até 15 reais o quilo, já que os atravessadores compram e revendem com preço elevado.

Fonte: RG 15/O Impacto e Nazareno Santo

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