terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

IBAMA PRENDE UM DOS MAIORES GRILEIROS DA AMAZÔNIA

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), anunciou ontem (23) a prisão de Ezequiel Antônio Castanha, definido pelo instituto como “o maior grileiro da BR-163”. Ele foi preso no sábado, 21, em Itaituba. A ação contou com a participação da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança. Castanha vinha atuando na BR-163 invadindo terras da União, promovendo o desmatamento e comercializando ilegalmente as terras furtadas. Apenas o núcleo familiar do grileiro responde por quase R$ 47 milhões em multas junto ao Ibama, sem contar com os autos de infração em nome dos demais membros da quadrilha.
A prisão preventiva foi decretada pela Justiça Federal de Itaituba por ação movida pelo Ministério Público do Pará. A prisão de Castanha coroa com êxito a Operação Castanheira, deflagrada pelo Ibama, Ministério Público Federal, Receita Federal e Polícia Federal, que desarticulou a maior quadrilha de grileiros que operava na região, respondendo por 20% de todo o desmatamento da Amazônia.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a condenação a um total de 1.077 anos de cadeia para integrantes da organização especializada em grilagem de terras e crimes ambientais em Novo Progresso, no sudoeste do Pará, da qual Ezequiel Castanha e sua família fazem parte.
O grupo foi pego em 27 de agosto do ano passado pela operação Castanheira. Parte da quadrilha está em prisão preventiva, parte já conseguiu relaxamento da prisão e outros estão foragidos, entre eles estava Ezequiel. Em relação aos presos que já foram soltos, o MPF já recorreu à Justiça para pedir a manutenção das prisões.
A quadrilha operava invadindo terras públicas. Desmatava e incendiava as áreas para formação de pastos, e depois vendia as terras como fazendas. A prática chegava a render para o grupo R$ 20 milhões por fazenda.
De acordo com a investigação, pelo menos 15,5 mil hectares foram desmatados pela quadrilha, resultando em um prejuízo ambiental equivalente a R$ 500 milhões, no mínimo. Outras quadrilhas com atuação semelhante à do grupo denunciado estão sendo investigadas pelas instituições responsáveis pela operação Castanheira. 
Castanha será julgado pela Justiça Federal e poderá receber pena de mais de 46 anos de prisão pelos diversos crimes cometidos, tais como desmatamento ilegal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, uso de documentos falsos, além de outros.
Fonte DOL
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